Na manhã desta quinta-feira (12) aconteceu em Picos mais uma manifestação dos profissionais da Rede Estadual de Ensino. Após participarem de uma assembleia no Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí), a categoria saiu em caminhada pelas principais ruas do Centro da cidade.

A principal reivindicação do movimento é que o Governo do Estado pague um reajuste de 6,81% aos docentes e de 3,15% aos demais trabalhadores da educação, passando a 3,95% a partir de setembro.

A diretora regional do Sinte, Gisele Dantas, falou que os professores estão aguardando a decisão da justiça para que seja pago o reajuste salarial, conforme acordado no início do ano com o governador Wellington Dias. Ela fala que a greve é legal e segue sem prazo para terminar.

“Nós estamos aguardando a decisão da justiça, porque teve todo esse vai e volta de lei que o governador fez, toda essa manobra para não pagar o reajuste do piso salarial e o sindicato entrou na justiça cobrando que o governo cumpra, que a justiça faça o governador cumprir o acordo judicial que foi firmado no dia 12 de março. Então nós estamos aguardando e permanecemos firmes na greve”, declarou.

O professor Natanael Martins falou que a categoria continua na luta, firme e forte. Ele pontuou ainda o apoio que os educadores estão recebendo dos alunos, segundo ele, os discentes entendem as causas dos professores.

“Estamos atrás do nosso objetivo e com certeza que vamos atingir ele. A luta continua com muita força, vontade, para poder conseguir o que a gente merece e tem direito. De boa parte dos estudantes nós temos recebido apoio, porque a gente está mostrando que o nosso movimento é legal, porque nós estamos buscando um direito”, argumentou.

A professora aposentada Maria do Carmo Aquino participou da manifestação e falou que a luta pela educação deve ser constante. Ela é integrante da diretoria do Sinte de Picos e fala que mesmo não estando mais em sala de aula, continua batalhando pelos direitos da classe.

“É uma luta que já começou com nossos pais, nossos avós, nossos amigos e a gente não pode deixar no meio do caminho essa luta, até porque é necessário a luta, porque sem ela não há vitória. E continuamos assim, com essa força, com essa garra, porque nossos governantes não respeitam, não valorizam a categoria e a classe se angustia com essa desvalorização”, pontuou.

Assembleias e caminhadas estão sendo realizadas em outras cidades piauienses. Em Teresina, no dia 16 de julho, a partir das 8 horas, haverá uma marcha em defesa da educação pública estadual.

CONFIRA OS ÁUDIOS DAS ENTREVISTAS:
GISELE DANTAS-

NATANAEL MARTINS-

MARIA DO CARMO AQUINO-