O senador Ciro Nogueira admitiu nesta sexta-feira (25) que já está na hora da base aliada do governador Wellington Dias definir os nomes que vão compor a chapa majoritária. O Progressistas, por exemplo, defendem a permanência de Margarete Coelho no cargo de vice, além da natural reeleição de Ciro. O principal motivo, segundo o parlamentar, é que algumas pessoas serão preteridas e elas precisam se articular para não ficar de fora das eleições.

“Acho que já está na hora de saber com quem vamos poder contar. O problema é que algumas pessoas serão preteridas e elas precisam buscar outros cargos”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Ciro voltou a garantir que seu partido estará ao lado do governador, mesmo que não indique a vaga de vice.  Já outras legendas, de acordo com ele, não expõem a mesma segurança. “O PP anunciou que, independente de ter a vice, estará com o governador, mas alguns partidos não estão dizendo”, afirmou.

A composição da chapa, segundo Ciro, deveria acontecer até o dia 20 de junho. O parlamentar defende que algum critério seja definido para que os nomes sejam escolhidos. “Ninguém é candidato de si próprio. Somos candidatos de uma base. Eu defendo que seja feito um critério para isso. A população não vai entender. Temos que explicar. Já tivemos eleições no Piauí que não respeitamos a vontade do eleitor e deu errado. Espero que a gente aprenda com nossos erros”, declarou, ressaltando que jamais tramou para tirar Themístocles Filho do caminho de Margarete, como afirmou o deputado Robert Rios em entrevista à TV Cidade Verde.

“O Themístocles é um grande amigo. Tramar contra o Themístocles? Não. A Margarete é a vice-governadora. A reivindicação do Themístocles é justa, assim como a do Progressistas”, frisou.

Lava-Jato

Citado nas delações dos executivos da J&F por suposto recebimento de vantagens indevidas pelo PP para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 e não agir contra a ex-presidente no processo de impeachment, o senador disse que não existe acusações contra ele por recebimento de propina.

“Nem candidato eu era em 2014. A legislação permitia (doações). Naquela época todos os partidos procuraram. Tenho que enfrentar. Não existe acusação contra o Ciro de propina. Agora doação de campanha, espero que a população saiba separar”, ressaltou.

 

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