O Sindicato dos Urbanitários do Estado do Piauí voltou a se posicionar de forma crítica diante da nova versão do Programa de Afastamento Incentivado (PAI) lançado pelo Governo do Estado para servidores da Agespisa. A avaliação é do diretor regional da entidade, Francisco Casemiro, que afirmou que o novo formato não apresenta mudanças reais em relação ao anterior e ainda reduz os benefícios oferecidos.
“Desde o início a gente está respondendo a isso com a faca na garganta, sem opção. O trabalhador não tem saída”, declarou Casemiro durante entrevista, destacando o clima de incerteza entre os funcionários da empresa.
Segundo o representante sindical, a principal alteração no programa atual é a diminuição nas remunerações pagas aos servidores que aderirem. “No passado ele ofereceu 13 remunerações; no momento presente está oferecendo 11. Só deduziram os dois meses que já se passaram”, explicou.
Casemiro também criticou a ausência de perspectivas para os trabalhadores da Agespisa nas cidades onde o serviço já foi assumido pela concessionária privada Águas do Piauí (AEGEA). “O serviço que restou pra eles é só um atendimento do passado... uma segunda via, tirar uma dúvida, coisa pequena”, disse.
Ainda segundo o sindicato, a Agespisa deixou de operar o sistema nas localidades onde a nova empresa assumiu. “100% por conta da Aegea. A Agespisa não opera mais o sistema”, reforçou.
Em relação às pendências trabalhistas, Casemiro informou que a entidade já tomou medidas judiciais. “Entramos com uma ação na Justiça reivindicando todos os direitos dos trabalhadores. Estamos aguardando os próximos passos”, completou.
Para os servidores que ainda resistem à adesão ao programa, o sindicato orienta cautela e aguarda os desdobramentos legais. “A maioria não assinou o aviso prévio. Vamos aguardar na Justiça o que a gente pode fazer por esses trabalhadores que remanescem”, concluiu.
CONFIRA A ENTREVISTA COM FRANCISCO CASEMIRO