Entre os dias 24 e 28 de novembro, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) realizará em Picos a quarta edição do Mutirão PopRuaJud, iniciativa voltada ao atendimento de pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social. O evento acontecerá no Picoense Clube, com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Picos.

Segundo o procurador-geral do município, Expedito Lima, o mutirão é uma ação pensada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base na Resolução nº 425/2021, que institui a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua. “Essa atitude, essa ação de desenvolver esse mutirão é justamente no sentido de resgatar a dignidade dessas pessoas, no sentido de dar a essas pessoas a possibilidade de acesso à justiça, transformando, assim, a realidade dessas pessoas”, afirmou.

O evento contará com uma gama de serviços gratuitos, incluindo:

• Emissão de documentos para quem perdeu, nunca teve ou precisa atualizar registros civis;
• Atendimentos jurídicos com a presença da Defensoria Pública do Estado do Piauí, da Defensoria Pública da União e advogados voluntários;
• Ações de saúde, com destaque para atendimentos oftalmológicos, exames, diagnósticos e encaminhamentos para cirurgias;
• Orientações sociais com assistentes sociais, psicólogos e equipes multiprofissionais;
• Inclusão em programas governamentais, como o Cadastro Único, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social;
• Atividades educativas e culturais ao longo da semana.

Expedito Lima destacou que o evento foi pensado para atender não apenas os moradores de Picos, mas também a população flutuante da região. “Picos é uma cidade que é polo de 42, 43 outras cidades, que todo dia recebe essa população. [...] Por dia nós temos aqui, flutuando na cidade de Picos, 100, 150, quiçá 200 mil pessoas, em razão dessa nossa localização estratégica”.

O procurador também ressaltou o envolvimento dos municípios vizinhos. “Prefeitos das cidades do entorno já foram contactados, já trarão por meio de vans, micro-ônibus, também a sua população vulnerável para ser atendida. [...] Esse evento tem tudo para ser um marco divisório na história da acessibilidade dessas pessoas”, concluiu.