O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Severo Eulálio (MDB), afirmou que está em diálogo com o Governo do Estado para garantir a retomada e a conclusão das obras de reforma do prédio da Casa. Iniciada em 2023, com previsão inicial de entrega em 2024, a obra permanece inacabada. Até o fim do ano passado, apenas 32% dos serviços haviam sido executados, segundo dados da própria Alepi.
Severo Eulálio comentou sobre a atual situação da retomada das obras no parlamento estadual. Segundo ele, muito em breve as obras deverão ser retomadas, mas ainda sem um prazo concreto para finalização do empreendimento.
“Estamos em breve retomando a construção da obra da Assembleia. O prazo, eu não posso cravar no momento, mas em breve eu darei para vocês uma data específica. O quanto antes esperamos finalizar a obra. Aqui nós recebemos a população, nós debatemos o que é de interesse do Piauí, então tem que ter um local adequado para os parlamentares como representantes do povo trabalharem e atender a demanda da população. Então em breve darei uma data específica para que nós possamos fazer a retomada dos trabalhos na casa”, declarou.
O parlamentar destacou ainda que a paralisação tem prejudicado diretamente a rotina da Casa.
“Não só os deputados, mas a população do Piauí, estão ansiando para a Assembleia e realmente é necessário que a gente entregue o quanto antes essa obra. Quase todos os parlamentares estão sendo obrigados a atender fora da Assembleia, em seus escritórios particulares, porque nós não temos a conclusão da obra. Vencemos quase todos os entraves burocráticos para que nós possamos fazer a retomada da obra e a entrega o quanto antes para o povo do Piauí, que é a Assembleia a casa do povo”, disse.
O presidente reforçou que a entrega da reforma é um compromisso de sua gestão e adiantou que a meta é concluir os trabalhos antes do fim de 2025, para que a Assembleia volte a funcionar plenamente de forma presencial. Atualmente, parte das atividades ocorre em formato híbrido.
O atraso está relacionado à suspensão das atividades por parte da Construtora Rosacon, empresa responsável pela execução do projeto. O contrato, firmado no valor de R$ 39,7 milhões, está sob investigação do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI).
O caso ganhou contornos mais delicados após a revelação de que o proprietário da construtora está interditado judicialmente desde 2017, o que levanta questionamentos sobre a legalidade da contratação.