O senador Ciro Nogueira (Progressistas) cumpriu agenda na região durante o último fim de semana. Em Picos, foi recepcionado na residência do deputado Aldo Gil (Progressistas). Antes do almoço oferecido pelo anfitrião, Ciro se reuniu a portas fechadas com o ex-prefeito Gil Paraibano (Progressistas), a ex-deputada Belê Medeiros e o próprio Aldo.

Confessionário político

A conversa reservada girou em torno de uma possível candidatura de Gil Paraibano à Câmara Federal nas eleições de 2026. O convite partiu do próprio senador, e Gil se comprometeu a analisar a proposta, prometendo anunciar sua decisão no mês de agosto.

Segunda opção

Caso Gil Paraibano decida não disputar o cargo, o plano B do grupo pode ser o vereador Afonsinho (Progressistas). O parlamentar afirmou apoiar o nome do ex-prefeito, mas caso este decline, está disposto a encarar o desafio: “Sou soldado do partido”, declarou Afonsinho.

Fidelidade e alinhamentos

A visita de Ciro Nogueira também teve dois outros objetivos políticos. O senador pediu que nenhuma liderança local ligada ao Progressistas apoie candidatos alinhados ao Palácio de Karnak. Além disso, abriu diálogo para que Gil Paraibano apoie o ex-prefeito de Bocaina, Erivelton Barros, na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI).

Solução caseira

O presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, provocou a ex-deputada Belê Medeiros. Segundo ele, a solução para o impasse envolvendo a candidatura do partido oriunda do município de Picos estava “na mesa da reunião”, em referência à própria ex-parlamentar. Belê, no entanto, tratou de encerrar a conversa antes que avançasse.

Pé na estrada

Erivelton Barros confirmou à coluna que está dedicado à sua pré-candidatura a deputado estadual. Segundo ele, o projeto começa a ganhar forma, mesmo largando da “última fila”. O ex-gestor já angariou apoios importantes na região.

Esperançoso

Erivelton aguarda com entusiasmo a possibilidade de receber o apoio de Gil Paraibano. O diálogo foi aberto, e o senador trabalha para apagar os atritos do passado entre os dois grupos e conquistar a adesão de seu aliado à nova campanha.

Rumos diferentes

A aliança política entre o prefeito de Francisco Santos, Edson Carvalho, e o ex-prefeito Luís José parece não se manter em nível estadual. Edson declarou apoio ao grupo de Rafael Fonteles, apelidado informalmente de “Rafael Futebol Clube”, enquanto Luís José, segundo aliados, preferiria “ver o diabo na sua frente” a apoiar um petista. Resta saber se esse impasse terá reflexos também no plano municipal.

 Furiosos

Na “terra dos espiritados”, como é apelidada a população de Francisco Santos, parte das lideranças que apoiaram a chapa petista de Didissa e Siriá nas eleições passadas estão indignadas com o governador Rafael Fonteles. O motivo: o acolhimento caloroso dado ao prefeito Edson Carvalho no Palácio de Karnak.

Tapete vermelho

Outro prefeito da região que também não votou em Rafael, mas foi bem recebido em Karnak, foi Dr. Clayton Barros (Progressistas), gestor de Paquetá. Ele estava acompanhado do deputado licenciado Thales Coelho, que hoje integra o grupo político do governador. Nos bastidores, já há ruídos de insatisfação entre opositores locais.

Parceria administrativa

Tanto o governador Rafael quanto os prefeitos afirmam que os encontros são voltados exclusivamente para parcerias administrativas. “Afinal, Rafael é o governador de todos os piauienses”.
Mas, se os entendimentos renderem alianças políticas no futuro, é natural. Afinal, qual político dispensa voto?

Vem aí

De acordo com uma fonte da coluna, há conversas em estágio avançado entre um suplente de vereador do Progressistas e o prefeito de Picos, Dr. Pablo Santos. Segundo o apurado, uma marca multinacional poderá entrar na disputa por votos em apoio à candidatura de Anyara Aires nas eleições vindouras.

Sinais de fogo

Em um município da região, já há articulações visando o pleito municipal de 2028. Segundo uma fonte, se a conjuntura atual se mantiver até lá, o ex-prefeito — que apoiou seu sucessor na eleição anterior e colaborou para sua reeleição — nutre a expectativa de receber a “devolução da caneta”. Contudo, há quem diga que ele poderá ficar de fora da composição principal.