Em uma assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (31), em Teresina, os profissionais da Educação do Estado deliberaram estado de greve. A reunião aconteceu no clube do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
A categoria reclama que houve a retirada de um complemento de Lei para compensar o aumento previdenciário que o governo aplicou aos servidores do estado.
De acordo com a presidente do Sinte regional de Picos, Gisele Dantas, o governo não tem dialogado com a categoria, ela fala sobre as principais reivindicações dos servidores.
“Muitos problemas acumulados, porque a gente já vem desde o final do ano entregando ofícios, pautando a necessidade do início do ano letivo, no que diz respeito ao reajuste salarial que é em janeiro e também as pendências no que diz respeito ao funcionário público. Já foram protocolados três ofícios, dois em 2016 e outro agora em 2017 e o governo simplesmente não deu nenhum resultado. E a data base do reajuste salarial dos professores é agora em janeiro […] e o governo está ignorando”, conta.
Gisele Dantas fala ainda que o governo aumentou a previdência do Estado e o desconto no contracheque dos trabalhadores aumentou. Ela destaca também que há muitos servidores aguardando o andamento do pedido de aposentadoria e que os processos estão paralisados.
A presidente do Sinte em Picos denuncia ainda que o repasse dos descontos dos filiados não está feito, já estaria completando três meses que o governo não está fazendo o repasse ao sindicato.
Está previsto para o dia 06 de fevereiro uma assembleia em Picos para que seja discutida a possibilidade de greve da categoria. O ano letivo que teria início no dia 09 deste mês, ficará sem previsão de abertura.
“Aqui em Picos nós já estamos sondando nas escolas, inclusive vamos fazer uma assembleia antes da de Teresina. […] Vamos sentir o ânimo da categoria, porque quem vai decidir é a classe, a gente tem uma tomada de decisão coletiva para ver o que a gente vai fazer para enfrentar o governo agora neste ano de 2018. A classe não quer uma greve, mas o governo fica empurrando para uma atitude mais drástica”, conclui Gisele Dantas.
ÁUDIO GISELE DANTAS