A presidente do Tribunal de Contas do Piauí, conselheira Lilian Martins, afirma que levantamento realizado pelo tribunal mostrou que as escolas do Piauí enfrentam problemas estruturais para o retorno às aulas presenciais. Com a pandemia da covid-19, que teve início no ano passado, as aulas presenciais foram paralisadas e o retorno depende de adequações na estrutura dos prédios escolares.

“Temos um objetivo que é ajudar a melhorar a educação de creches e da primeira infância. Encontramos muitos problemas físicos que no primeiro momento, antes da pandemia, não ficavam tão evidentes assim. O levantamento apontou falhas  como falta de banheiro adequados e estrutura físicas das escola extremamente deterioradas. São problemas como até falta de carteiras, de não ter água encanada e nem saneamento básico. A partir disso vamos fazer uma cobrança para as adequações. Trabalhamos com o antes e depois para verificar o que mudou. Só nos interessa o que pode ser mudado e melhorado”, destaca.

Lilian Martins explica que o tribunal dialoga com os municípios como forma de ajudar na preparação para o retorno futuro. Ela questiona o fato de que em mais de um ano de pandemia, os gestores municipais  não priorizaram preparar a estrutura para um retorno presencial.

“O trabalho remoto fica muito a dever. Essa melhoria era algo que já poderia ter sido feito antes. Tivemos mais de 1 ano para que essas escolas fossem recuperadas e readaptadas.  Mas os gestores não colocaram isso como prioridade. Mas essa volta à sala de aula tem que ser  feita com segurança. Mas estamos trabalhando para isso. A vontade do tribunal é para que  realmente as aulas presenciais voltem, mas em um contexto mínimo de segurança”, destaca.

A conselheira avalia que há uma necessidade de retorno das aulas presenciais, mas destaca que isso só pode acontecer com estrutura nas escolas. Ela reforça a necessidade de garantir a segurança de alunos e professores.

“É isso que o tribunal de Contas faz. Quando falo do aspecto físico falo também do aspecto de relacionamento, do aspecto da presença  da criança que fica muito prejudicado. Mesmo com toda tecnologia que possa auxiliar, fica muito prejudicado. Sabemos da gravidade da pandemia e ninguém quer colocar em risco a vida de ninguém. Muitos detalhes ficam  pendentes em função do retorno as aulas. Existe a preocupação dos professores, dos pais que estão divididos. A grande maioria gostaria que seus filhos voltassem às aulas. Os professores têm dificuldades, mas gostariam de melhores condições para garantir a segurança. O tribunal acompanha isso. Onde há essa possibilidade,  é uma questão sem volta”, destaca.

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