O presidente da Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH), Ítalo Rodrigues, informou acerca de 20 leitos clínicos para tratar com exclusividade de pacientes com covid-19 que devem ser entregues ao Hospital Regional Justino Luz (HRJL) até o início de maio. O objetivo da ampliação no número de leitos é desafogar a área hospitalar, que, atualmente, opera no limite devido à pandemia, considerando, sobretudo, que o HRJL abarca toda a macrorregião de Picos, totalizando atendimentos para mais de 50 municípios.
“A Fundação, junto com a SESAPI – Secretaria de Estado da Saúde do Piauí -, com o apoio do Governo do Estado também, hoje implantaram muitos serviços para o Hospital Regional de Picos, e oferecemos serviços de qualidade principalmente no combate à pandemia (…). Hoje nós temos 43 leitos dedicados ao COVID, e estamos agora entregando mais 20 leitos até o final de abril, início de maio […]”, informou.
Os novos leitos deverão ter ventilação mecânica não invasiva para pacientes que não estejam em situação grave, mas que precisem de ventilação. “Isso vai evitar que o paciente não evolua para um quadro mais grave e precise de UTI”, destacou Igor Cavalcante.
O diretor administrativo falou que, de acordo com dados, há uma baixa no número de casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus, deste modo, a implantação de novos leitos de UTI’s, no momento, não é necessária. Ítalo informou ainda sobre a programação da fundação acerca de cilindros de oxigênios, medicamentos para o tratamento contra o vírus, e afirmou que a fundação fez uma programação já prevendo a segunda onda da pandemia, então os hospitais da fundação (HRJL e HGV) não têm, até o presente momento, nenhuma dificuldade em ofertar o ‘kit intubação’, e que o estoque está regulado para supri-los até o mês de julho.
Ainda na oportunidade, o dirigente discorre sobre a realidade das cirurgias eletivas realizadas nos hospitais da FEPISERH no Estado.
“Nesse caso, posso dividir em duas situações: nós temos o HRJL que é um hospital diferenciado, que é um hospital porta aberta, então, todas as urgências, emergências, paciente que necessite de cirurgia não-eletivas, aquelas onde o paciente tem dor, sangramento, nunca parou. Esse serviço nunca pôde parar. E temos o Hospital Getúlio Vargas (HGV) que é um hospital de regulação, um hospital de alta complexidade, onde o paciente chega lá, referenciado. Então aquelas cirurgias programadas, algumas foram adiadas. Porém, as cirurgias que o paciente corre riscos de vida, que não podem esperar, foram mantidas. ”, concluiu.
Mesmo diante do cenário complicado decorrente da pandemia causada pelo novo coronavírus, o presidente afirma que foram realizadas cerca de 3 mil cirurgias eletivas nos últimos dois meses.