O empresário e político paraibano João Bosco de Medeiros foi enterrado na manhã desta sexta-feira (19), no Cemitério São Pedro de Alcântara, em Picos. Líder político influente e respeitado em todo o estado, Bosquinho, como era conhecido pela comunidade picoense, morreu na manhã de ontem (18), aos 69 anos, vítima de um câncer de próstata.
O corpo foi velado na Câmara Municipal de Picos, onde uma sessão solene foi realizada em sua homenagem, depois foi levado para a loja maçônica da qual o empresário fazia parte, onde também foi homenageado, e logo em seguida conduzido para a Igreja de Santa Edwiges, no bairro Jardim Natal, onde o empresário residia com a família. O enterro ocorreu por volta das 10h de hoje.
Família Medeiros
João Bosco de Medeiros era irmão do ex-prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, tio da deputada estadual Belê Medeiros e pai do ex-vereador Diógenes Medeiros. Ele deixa 11 filhos.
Em sua trajetória política, foi secretário de Governo e de Obras durante a gestão de Gil Paraibano. Atualmente era presidente do Partido Popular Socialista (PPS) e ocupava a suplência na Câmara de Vereadores de Picos. No ano passado, assumiu uma das cadeiras da casa por 120 dias, período em que o vereador Dedé Monteiro, seu colega de partido, se licenciou.
Segundo o irmão Gil, ambos mantinham uma relação estreita. “João Bosco era um homem muito inteligente, um homem que, às vezes, para tomar uma decisão a gente se reunia, conversava,ele tinha muito conhecimento. Foi uma perda grande para a família”, desabafa.
Uma das características mais marcantes de João Bosco, ainda de acordo com Gil, foi o desprendimento. “Era um homem que fazia muita caridade sem deixar transparecer. Era um homem de muitos movimentos, sabia construir amizades e conservar, por isso veio tanta gente visitar o velório. Quem faz o bem é recompensado até na hora da morte”, reflete o ex-prefeito.
A deputada Belê Medeiros, sobrinha de Bosquinho, disse que recebeu telefonemas de lideranças de todo o estado, porém, o que mais lhe chamou a atenção foi o carinho advindo de pessoas simples. “As pessoas comuns, pessoas mais humildes que ele cuidava, amava, protegia e os moribundos que às vezes a gente nem olha, e tio João Bosco via. Ele era esse homem amável, doce, que vai deixar uma marca muito grande na história de Picos”, destaca Belê.
Respeito da classe política
Ainda no início da tarde de ontem, o governador Wellington Dias compareceu ao velório acompanhado da vice-governadora Margarete Coelho, dos deputados estaduais Pablo Santos e Nerinho e do prefeito de Picos, Padre Walmir Lima. Sem poupar elogios à sua história de vida, Dias declarou que Bosquinho era um amigo querido e com quem mantinha uma longa e estreita amizade.
“Uma pessoa que tem uma história brilhante como empresário político e, principalmente, uma pessoa da família, muito próxima dos amigos”, disse Dias em entrevista exclusiva ao Grande Jornal, na Rádio Grande FM 94,5.
O ex-governador Wilson Martins, de quem João Bosco foi assessor, compareceu ao velório na manhã de hoje acompanhado do deputado federal Rodrigo Martins e dos deputados estaduais Rubem Martins e Luciano Nunes.
“Bosco era uma pessoa irreverente, extrovertida, tinha a arte de fazer amigos e construir o maior patrimônio da humanidade, que é uma amizade fraterna, uma amizade sem nenhum interesse, combatendo sempre o bom combate”, pondera Martins.
O prefeito e o vice-prefeito de Picos, Padre Walmir Lima e Edilson Alves de Carvalho, respectivamente, também compareceram ao velório.