Graças à união de esforços entre a Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc), os municípios piauienses e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Piauí conseguiu reduzir o percentual de estudantes com dois anos ou mais de atraso escolar nos anos finais do Ensino Fundamental. É o que aponta um levantamento divulgado, nessa terça-feira (15), pelo Unicef.

De acordo com os números, o atraso escolar de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental no Piauí reduziu 13% entre os anos de 2016 e 2019. Essa redução é maior, inclusive, que a média nacional, que foi de 10,7%. Nos municípios piauienses certificados pelo Selo Unicef 2020, a redução chegou aos 16%.

O estado do Piauí também formalizou a participação no sistema de Busca Ativa Escolar e com sua adesão foi possível o reconhecimento de 66 municípios que implementaram a estratégia, além de todas as escolas da rede estadual. Em 74, houve capacitação com professores para a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência. Essas secretarias serão reconhecidas pelo Unicef em solenidade no dia 15 de janeiro.

Segundo a gerente de Ensino Fundamental da Seduc, Marília Aragão, programas como o Pnaic, Pmalfa, Mais Alfabetização, Novo Mais Educação, Programa de Apoio a Implementação do Currículo do Piauí, Mais Aprendizagem, Jovem Empreendedor e Tempo de Aprender contribuíram muito para a melhoria dos índices educacionais do estado.

Os programas e projetos fortalecem e buscam atender algumas metas e estratégias estabelecidas Plano Nacional de Educação (PNE), em especial a Meta 2 – universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de seis a quatorze anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. “É importante a realização de parcerias entre os diversos órgãos públicos que se relacionam com o tema em maior e menor grau. Somando-se esforços, é possível potencializar as ações de garantia de direitos de aprendizagens dos estudantes e fazer a busca ativa para identificar e trazer para a escola toda e qualquer criança ou adolescente em situação de exclusão escolar”, ressalta Marília Aragão.

“Destaco o trabalho realizado por meio do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, um compromisso formal e solidário assumido pelos governos federal, dos estados e dos municípios, para atender à Meta 5 do Plano Nacional da Educação (PNE), que estabelece a obrigatoriedade de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o fim do 3º ano do ensino fundamental. Outro programa que impulsionou esse avanço foi o Mais Aprendizagem, que consiste no pilar da formação continuada ofertada pela Seduc com foco nos componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, objetivando o desenvolvimento da capacidade de raciocínio lógico, resolução de problemas e leitura, bem como seu espírito crítico e sua criatividade”, explica a gerente de Ensino Fundamental da Seduc.

Em 2020, em regime de colaboração com a Undime, a partir da necessidade do trabalho em home office e das aulas remotas, a formação do Mais Aprendizagem passou a ser ofertada para os professores de todas as áreas do conhecimento e componentes curriculares, com temáticas focadas nas metodologias ativas, abordando estratégias que proporcionem o desenvolvimento das habilidades cognitivas e emocionais dos educandos, como também o fortalecimento da prática pedagógica do professor para o trabalho com as aulas remotas.

Busca Ativa e Selo Unicef

O Selo Unicef busca estimular a implementação de políticas públicas mais eficientes direcionadas a crianças e adolescentes e entre as estratégias de atuação está a Busca Ativa Escolar. A medida consiste em identificar e localizar os meninos e meninas em idade escolar que estejam sem frequentar a sala de aula, ir até eles e adotar os procedimentos necessários para que sejam matriculados novamente e reinseridos no ambiente de aprendizagem.

CCOM