A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) tem recebido casos de pacientes com suspeitas de reinfecção por Covid-19. Dois desses pacientes com hipotética reinfecção no estado são o diretor técnico do Hospital Getúlio Vargas e uma servidora do HGV.

As pesquisas ainda estão em andamento. Semana passada, um estudo foi publicado confirmando o primeiro caso de reinfecção por covid-19 nos EUA. A pesquisa foi em um homem de 25 anos que foi infectado com duas variedades diferentes do Sars-CoV-2 num período de 48 dias. Este é o quinto caso de reinfecção registrado cientificamente no mundo.

As providências que as Secretarias de Saúde seguem, até agora, em alerta para as reincidências de casos são as seguintes: o paciente fez o exame PCR, que o padrão ouro, o mais indicado para diagnóstico da Covid-19, e testou positivo. Em 90 dias, o mesmo paciente tem sintomas novamente, faz o exame, o PCR, e dá positivo. Então, ele se enquadra no possível caso de reinfecção.

O diretor do HGV, Gilberto Albuquerque, informou que dois servidores – entre eles o diretor técnico do hospital – tiveram exames positivados por duas vezes.

“Eles tiveram sintomatologia leve, foram realizados exames de pesquisa viral PCR, deram positivos e três meses depois ambos apresentaram outras alterações como perda de apetite, febre, ausência de cheiro, dor no corpo. Novamente receberam tratamento para a Covid”.

Gilberto alerta que nesses casos não é confirmado ainda uma reinfecção. “Ainda hoje está se discutindo se foi a permanência do vírus que ficou todo esses tempo, se foi fragmento de vírus apenas detectado e se isso foi um novo vírus que o infectou”.

O superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, ressaltou  que existem pesquisas em andamento  e não há  nada definido.

“Ainda não é protocolo, isso não existe escrito, não está definido, mas estipulamos que após 90 dias se o paciente possuir alguma sintomatologia ele deverá novamente fazer o padrão ouro, PCR, e dando positivo o paciente se enquadra numa história de possível reinfecção”.

Ele destacou que é preciso conseguir a série histórica do paciente e os casos em investigação são encaminhados ao Laboratório Adolfo Lutz em São Paulo.

1º caso suspeito

O primeiro caso de reinfecção registrado no mundo aconteceu em Hong Kong. Nos testes, os cientistas disseram ter encontrado 23 nucleotídeos diferentes, estruturas que compõem o material genético do vírus.

O Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP realiza um estudo para identificar possíveis casos de reincidência do coronavírus. A pesquisa conta com 20 pacientes de diversas cidades do estado de São Paulo que apresentam sintomas de reinfecção, mas ainda não há casos confirmados.

Na semana passada, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou nas redes sociais que o estado investiga 3 possíveis casos de reinfecção pelo novo coronavírus.

 

O Lacen não confirmou ao Cidadeverde.com, mas também não descartou a possibilidade de casos suspeitos e disse que aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde sobre as diretrizes que o país vai adotar para se chegar ao diagnóstico de reinfecção.

Diretor geral do HGV, Gilberto Albuquerque

 

Flash Yala Sena
cidadeverde.com

 

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