Na rotina das grandes cidades, elas passam despercebidas. Mas a perda de abelhas no ecossistema tem causado grandes preocupações. Cientistas brasileiros e de diversos países estarão reunidos no próximo mês para discutir e propor alternativas para evitar a perda de colônias de abelhas. O encontro, promovido pela Embrapa, vai ocorrer em Teresina no “Simpósio sobre Perda de Abelhas no Brasil”.

Durante o evento serão discutidas as principais causas de perdas de enxames no Brasil, suas consequências, estratégias e direcionamentos de pesquisa para reduzir as perdas das colônias e os efeitos causados com o declínio de polinizadores.

O engenheiro agrônomo Bruno Sousa, pesquisador da Embrapa, afirma que o evento vai discutir quais os fatores que estão levando a extinção das abelhas pelo mundo, se estas causas são as mesmas no Brasil e no Piauí.

“Vamos discutir se o mesmo fator do Brasil são os mesmos que atinge o restante do mundo como a questão dos inseticidas, da falta de comida para as abelhas, das mudanças climáticas, ou se são as culturas transgênicas que é uma verdadeira incógnita, práticas agrícolas pouco amigáveis, ou seja, são causas multifatoriais que precisam ser discutidas”, explicou o pesquisador.

Sobre os carros fumacê, ele explicou que a pulverização contra o mosquito Aedes Agypti não é feita com inseticida especifico e isso acaba atingido outros insetos, entre eles, uma série de espécies de abelhas.

Bruno Santos destaca que a abelha é o principal polinizador de várias culturas agrícolas, que dependem da produção de alimentos e que há um risco eminente de uma crise alimentar por deficiência em polinização.

No Piauí, as principais culturas polinizadas são o caju, melão, eucalipto dependem das abelhas, além de outras culturas nativas.

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