O Ministério da Saúde alertou que o surto de notícias falsas (fake news) atrapalha ações de combate ao coronavírus no país. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou ainda aos secretários de Saúde, reunidos em Brasília, que orientem medidas de “etiqueta respiratória” que ajuda a combater não só o novo vírus, mas evita outras doenças.
A “etiqueta respiratória” diz respeito as ações rotineiras como lavar as mãos várias vezes ao dia, se for espirrar, colocar a mão no rosto ou o cotovelo na frente e usar lenços descartáveis. (veja dicas em baixo)
O diretor-geral do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, José Noronha participou da reunião em Brasília com o ministro e destacou a importância da “etiqueta respiratória”.
“A etiqueta respiratória tem que está presente no nosso dia a dia e combate várias doenças desde a epidemia de influenza a síndrome gripal”, disse o médico José Noronha.
Na reunião, o Ministério da Saúde apresentou um plano de contingência nacional para o coronavírus e pediu aos estados que apresentem seus planos até segunda-feira.
“Já tivemos reuniões com Anvisa, Infraero e outros setores para melhorar a vigilância e adiantamos alguns pontos. Agora é fazer um plano uniforme”, disse.
Foi confirmado que o número de casos suspeitos de coronavírus caiu para nove e que uma das grandes preocupações é com a propagação de notícias falsas.
“É uma doença que tem uma capilaridade de se propagar, mas existem doenças mais graves como o sarampo. É preciso combater essa política do medo e provocar um preconceito contra o asiático”, ressaltou o médico.
Os casos suspeitos estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde nos seguintes estados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (3). O Ministério da Saúde também já descartou 24 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo coronavírus, três casos a mais do que o boletim divulgado na quarta-feira (5/2). Todas as notificações foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas do Ministério da Saúde, caso a caso, junto com as autoridades de saúde dos estados e municípios.
Campanha de vacinação contra a gripe
Na reunião, secretários de saúde fizeram um pedido ao Ministério da Saúde para que a campanha de vacinação contra a gripe ocorra mais cedo neste ano. Atualmente, a maioria dos casos de suspeita de novo coronavírus já descartados têm dado positivo para os vírus da gripe, como influenza B e influenza A.
No encontro, Mandetta também descartou a possibilidade de campanhas específicas no momento devido ao novo coronavírus.
Cidade Verde