Mais de 900 mil domicílios piauienses, em todos os municípios, serão visitados durante a coleta de dados para o Censo 2020. Somente em Teresina, serão mais de 230 mil visitas. Os dados servirão para fundamentar as demais pesquisas ao longo da próxima década. Nesse processo, a internet será uma aliada, mas esse vai ser o primeiro Censo após a invenção do WhatsApp, e em tempos de fake news, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) monta estratégias para combatê-las.

“A gente tem várias novidades neste ano, como a introdução de questão sobre o autismo e a coleta de dados também pela internet. O cidadão entrará no site ou aplicativo do IBGE, colocará o CPF e, imediatamente, nosso banco de dados fará a relação com o endereço cadastrado. Assim, esperamos ter uma cobertura maior da população”, destaca o chefe do IBGE no Piauí, Leonardo Passos.

A grande preocupação do órgão é que as fake news atrapalhem a coleta de dados, já que hoje as notícias falsas facilmente circulam nas redes sociais. “Tem um caso de roubo que aconteceu em 2010, mas todo ano essa mesma informação circula, como se fosse recente e as pessoas acabam ficando com medo de abrir a porta para o recenseador”, explica Passos.

Para driblar problemas relacionados à segurança, os recenseadores estarão com colete, crachá, boné e equipamento identificados com o nome do IBGE. Além disso, a população poderá ligar para o 0800 721 8181 ou 2106-4172 para checar se a pessoa está cadastrada no Censo 2020.

“Se houver dúvida, o morador pode pedir a identificação do recenseador e pedir para ele esperar um pouco enquanto checa se ele faz parte do IBGE. O importante é não deixar de responder as perguntas porque é esse Censo que vai balizar todo o trabalho para a próxima década. É com ele que poderemos estabelecer a tendência de crescimento populacional para os próximos anos, por exemplo”, destaca o gestor.

Modelo de perguntas

O IBGE trabalhará com dois tipos de questionário. A amostra será realizada com 10% dos entrevistados. São questões mais aprofundadas, especialmente em assuntos temáticos, como indígenas e quilombolas. Esse questionário terá cerca de 75 questões.

O outro modelo é o universo, que terá apenas 26 questões e será aplicado a 90% da população, demorando apenas cerca de 6 minutos.

O censo desse ano vai permitir também que os supervisores saibam o deslocamento dos recenseadores e o tempo gasto em cada entrevista, para medir a eficiência do processo.

Fonte: CidadeVerde.com