Levantamento do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revela que 224 pessoas foram assassinadas em Teresina no ano de 2019. Deste número, 14 são vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) e 210 de homicídios.
Apesar do número ainda significativo, os assassinatos na capital reduziram 27,51% em relação ao ano de 2018, onde o DHPP registrou 309 mortes, sendo 20 destas latrocínios. A meta do Departamento para os próximos anos é atingir uma redução de 50%.
Segundo o balanço, a maioria das vítimas são jovens e 80% tiveram envolvimento com o crime. O DHPP conta com a estrutura de sete delegados que investigam crimes contra a vida em seis áreas de Teresina.
“Essa redução se deve ao trabalho de investigação feito pela Polícia Civil. Hoje nós temos um DHPP , nós temos um plantão de atendimento a local de crime 24 horas com delegado de polícia e toda um equipe especializada para fazer todo levantamento no local e uma investigação preliminar que vai dar suporte a investigação de seguimento. Isso você tem uma verdadeira “corrida de bastão” que no passado o crime ocorrida na sexta-feira e a autoridade policial só tomava conhecimento na delegacia de polícia na segunda-feira, onde já tinha um prejuízo grande nesse lapso temporal. Aqui no DHPP a gente investiga para prender”, destaca o coordenador do Departamento, Francisco Costa, o Baretta.
Baretta ressalta que só a repressão policial não vai resolver os casos de crime. Para o coordenador do DHPP, é preciso se investir em políticas públicas para que o número de assassinatos reduza ainda mais.
“Só o aparelho policial com a repressão não vai resolver o crime. Precisa que o Estado (administração) com seus vários seguimentos de políticas e aí entra educação, assistência social, emprego e renda e outros que vão deixar que isso não aconteça. Isso não sou em quem digo. Se você ver nos países onde educação, saúde, emprego e moradia são aspectos importantes na vida dos moradores, o índice de criminalidade é baixo”, destaca Baretta.
Sobre as áreas onde mais são registrados assassinatos, o coordenador diz que há uma sazonalidade e não é possível qual a zona mais perigosa. No entanto, Baretta afirma que ainda há um “gargalo” em regiões como a Santa Maria da Codipi ( zona Norte) e em bairros da zona Leste.
“Em 2013 quando a então delegacia de Homicídios foi instalada foi justamente porque em determinadas áreas de Teresina como Promorar e Grande Dirceu gangues que existiam ali matavam entre si. Houve um trabalho muito grande de investigação no sentido de identificar e prender esses indivíduos e também medidas cautelares de busca e apreensão e outros atos que levou a sufocar esses indivíduos porque eles viram que poderiam até matar, mas que nós estávamos no encalço deles para identificá-lo e prendê-los. Houve uma redução considerável nessas áreas e estamos fazendo isso em toda Teresina. Temos ainda um gargalo na Santa Maria da Codipi e na zona Leste, mas é questão de tempo a gente sufocar”, garante o coordenador.
Baretta também defende que um maior policiamento ostensivo vai refletir em maiores reduções nos índices de homicídios na Capital.
“Vi que a PM mapeou as zonas mais perigosas de Teresina e fique alegre porque sei que nossa briosa Polícia Militar nessas zonas e vai diminuir o trabalho da Polícia Civil”, finalizou Barreta.
Flash Izabela Pimentel
izabela@cidadeverde.com