A Páscoa terá, este ano, a terceira alta consecutiva nas vendas do varejo, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As vendas devem atingir R$ 2,4 bilhões em todo o país. O aumento previsto é de 1,5% em relação ao ano passado, quando o faturamento cresceu 2%.

Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o “empurrãozinho” no comércio vai ser muito pequeno, porque o desemprego ainda está alto. “O faturamento do varejo na Semana Santa está bem distante da alta de 9,5% registrada em 2010”, lembra.

Outro fator que atrapalha as vendas da Semana Santa deste ano é a alta do dólar nos últimos meses. Com isso, produtos como ovos de Páscoa e chocolates em geral, azeite e pescado, ao contrário do ano passado, este ano mostram preços mais salgados, devido ao dólar. “Isso tende a atrapalhar um pouco as vendas da Páscoa”, disse Bentes.

Em termos de vendas, a Páscoa é a quinta data comemorativa do varejo nacional e uma das mais afetadas pela variação do câmbio. As outras são o Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia das Crianças.

Contratações

A CNC projeta a contratação de 10,7 mil trabalhadores temporários, em todo o país, no período da Páscoa. No ano passado, o total de empregos somou 10,8 mil. Historicamente, 12% dos temporários acabam efetivados, especialmente em hipermercados e lojas especializadas. O salário médio de admissão no varejo deverá ser de R$ 1.267, alta de 5,9% em comparação à Páscoa de 2018.

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