O Brasil confirmou o segundo caso de febre do Nilo Ocidental de sua história, segundo informou o Ministério da Saúde nesta última quinta-feira (14). O caso foi notificado em 2017, mas os laudos conclusivos foram obtidos em janeiro deste ano.
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada pela transmissão do mosquito Culex (mosquito comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya. De acordo com o ministério, não existe tratamento disponível para os casos leves e moderados – o paciente fica em repouso e com reposição de líquidos. Na versão grave da doença, há necessidade de acompanhamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Sintomas
Cerca de 20 % dos indivíduos desenvolvem os sintomas da febre do Nilo:
- febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
- anorexia;
- náusea;
- vômito;
- dor nos olhos;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- exantema máculo-papular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulo geralmente atrás da orelha).
O primeiro caso foi registrado no país em 2014, na cidade de Aroeiras de Itaim, no Piauí. Na época, em entrevista ao G1, o agricultor Francisco Raimundo de Lima contou que perdeu o movimento das pernas.
O segundo registro da história também é do Piauí, no município de Picos. O paciente teve “manifestações neurológicas”. A notificação ocorreu em 2017, mas a confirmação por laudo foi feita em janeiro deste ano. Segundo o ministério, “o achado revela a recorrência da circulação do vírus na região e reforça a importância das ações de vigilância e investigação” da doença.
Em 2018, a doença atingiu 1.505 pessoas e causou 115 mortes na Europa. Somente na Itália, foram 35 mortes devido à infecção. O Ministério da Saúde disse que o novo caso confirmado no Brasil não está relacionado com esses registros internacionais, já que a notificação ocorreu no ano anterior ao surto nos países europeus.
Fonte: G1 com informações do Ministério da Saúde.