O estado do Piauí apresentou uma redução no número de crimes violentos letais e intencionais (CVLIs) considerável nos últimos quatro anos. Entre 2014 e 2018, os CVLIS – que inclui, por exemplo, o roubo seguido de morte, reduziram em quase 30%, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Com relação só ao ano de 2018, foram 613 crimes violentos letais e intencionais, “a menor taxa desde é a menor taxa desde que a Secretaria de Segurança Pública adota o monitoramento constante”, destacou João Marcelo, delegado responsável pelo setor de estatísticas da SSP. “Já em 2014 nós tivemos 727 crimes violentos letais e intencionais.”, comparou ele.

Os dados constam no Relatório de Indicadores de Criminalidade 2018, divulgado nesta terça-feira (08) pela secretaria em coletiva de imprensa realizada na Delegacia Geral de Polícia Civil (Centro/Sul de Teresina). O documento também aponta para a diminuição no número de assassinatos de mulheres em todo o estado em 2018. No período 55 mulheres foram assassinadas: 25 desses casos se enquadram no crime de ódio (baseado no gênero) tipificado como feminicídio.

“É importante a gente esclarecer que nacionalmente, o Piauí é um dos estados com maior taxa de feminicídio, mas uma alta taxa de feminicídio não significa uma ata taxa de mulheres mortas”, explicou João Marcelo.

Na capital, os crimes diminuíram em 13% em 2018. Já no interior, a redução foi de 10%. Em todo o estado a redução foi de 11%. Em 2017, 105 municípios não registraram homicídios; em 118 o número aumentou: em 118 cidades não ocorreu registro de homicídios.

O relatório mostra ainda que 92,24% dos CVLIs foram na zona urbana. Em Teresina, os bairros Santa Maria, Pedra Mole, Centro, Parque Brasil, Angelim, Promorar, Santo Antônio, Santa Rosa, Todos os Santos, Mocambinho, Satélite, Vale Quem Tem, Esplanada, Monte Verde, Portal da Alegria, São Joaquim e São Pedro concentraram 51,52% dos casos.

Os números foram comemorados pelo secretário de Segurança do Estado, coronel Rubens Pereira. “Há muitos desafios, mas nós estamos, de forma preventiva, de forma cautelar, já trabalhando nisso.”, afirmou.

“Quando nós queremos diminuir o analfabetismo, por exemplo, a gente constrói mais escolas, faz a admissão de mais professores, constrói mais salas de aulas, coloca mais alunos nas salas de aula. Quando a gente quer curar uma gripe, produzimos uma vacina, vacina as pessoas. Tem vacinas para determinadas enfermidades. Mas na segurança pública nós não temos vacina parta a intolerância, para a morte. Então a gente tem que trabalhar com as comunidades, com as pessoas. Com o ser humano na sua subjetividades. Então é assim que vamos enfrentar.”, completou Rubens.

Para produzir o levantamento o Núcleo Central de Estatística e Análise Criminal (NUCEAC) da Secretaria de Segurança agregou dados oriundos do Instituto Médico Legal, dos boletins de ocorrência e dos procedimentos policiais da Polícia Civil.

AZ