Um exame cadavérico realizado no corpo de uma recém-nascida na cidade Cocal, no Norte do Piauí, descobriu que a bebê do sexo feminino nasceu viva, mas faleceu após sofrer traumatismo craniano. O corpo do bebê foi periciado porque a polícia investigava se a mãe tinha sofrido um aborto ou se tinha matado a filha.
A polícia foi acionada após uma denúncia anônima, que informava que um bebê estava sendo velado em uma caixa de papelão e iria ser enterrado no quintal de uma residência na quarta-feira (7).
O médico legista que fez a perícia no corpo relatou que a criança sofreu o traumatismo craniano durante o parto porque a mãe sentiu fortes dores abdominais e foi ao banheiro, onde houve o parto. Segundo ele, a criança caiu no vaso quando nasceu.
“Ela contou que sentiu fortes dores abdominais e sabia que não era apenas uma cólica. A criança nasceu, caiu dentro do vaso e sofreu traumatismo craniano. Fizemos exames nos pulmões que comprovaram que a menina nasceu viva e morreu de um traumatismo encefálico”, contou o médico Regis Carlos Oliveira, médico legista.
A mãe da menina foi encaminhada para o Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, onde permanece internada. Segundo a delegada Daniella Dinali, a jovem escondeu a gravidez durante os noves meses.
“Quando chegamos ao local, encontramos a criança dentro de uma caixa, anteriormente, ela estava dentro de uma mochila no banheiro da casa de um tio, onde o parto aconteceu. Depois disso, demos início às investigações e descobrimos que uma moça de 18 anos tinha dado à luz a bebê por volta de 5h de quarta-feira. O tio da jovem relatou que a sobrinha negou a gravidez durante os nove meses”, contou.
A delegada relatou como e quando encontram o corpo da recém-nascida. “Durante a noite, ela passou mal, ele encontrou muito sangue no banheiro e espalhado pela casa, chamou o Samu para socorrê-la, mas não verificaram que a criança estava no banheiro, quando perceberam a menina estava dentro da mochila e sem vida”, disse Daniela Dinali.
A mãe da criança segue internada Hospital Dirceu Arcoverde e o corpo da criança será removido do IML e encaminhado para que a família faça o sepultamento.
G1