O Piauí ainda investiga suspeitos de pedofilia dentro da operação Luz da Infância, deflagrada na sexta-feira (20) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP), em parceria com as polícias civis e a Embaixada dos Estados Unidos.
A operação prendeu 108 pessoas em 24 estados e no Distrito Federal. Somente Piauí e Amapá ficaram de fora. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, explicou que os dois estados não conseguiram concluir as investigações a tempo de que fossem emitidos os mandados judiciais, mas devem fazê-lo em breve.
O deputado federal Fábio Abreu (PTB-PI), que deixou a secretaria de Segurança Pública para reassumir o mandato temporariamente, se limitou a confirmar que o Piauí ainda irá deflagrar sua operação – que segue em sigilo. O gestor voltou à Brasília (DF) nesta semana para destinar emendas parlamentares e deve retornar ao cargo de secretário na próxima quinta-feira (26).
Em todo o país, a operação Luz da Infância cumpriu 157 mandados de busca e apreensão de computadores e arquivos digitais. As pessoas presar foram suspeitas de produzir, guardar ou compartilhar conteúdos de pedofilia na internet, tudo descoberto com a ajuda de tecnologia e arquivos fornecidos pelos Estados Unidos e após seis meses de investigação.
A ação envolveu mais de mil policiais e é considerada uma das maiores do mundo. Foram realizadas prisões em São Paulo (25), Rio Grande do Sul (9), Minas Gerais (9), Goiás (9), Bahia (8), Paraná (6), Distrito Federal (6), Pará (6), Rondônia (4), Sergipe (4), Santa Catarina (3), Tocantins (3), Amazonas (2), Pernambuco (2), Ceará (2), Maranhão (2), Mato Grosso do Sul (2), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Acre (1) e Paraíba (1). Em Alagoas, Mato Grosso e Roraima foram cumpridos mandados.
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