Os estudantes da Rede Estadual de Ensino do Piauí estão sem aulas desde junho deste ano. Por conta da greve, há o risco de o ano letivo ser anulado e eles terem que repetir a série.
Caso a paralisação dos professores se encerre nos próximos dias, as aulas serão retomadas e devem se estender até meados de fevereiro de 2019. A afirmação partiu da gestora da 9ª Gerencia Regional de Educação (9ª GRE), Noêmia Marques.
Para que o ano letivo se cumpra é necessário que sejam cumpridos 200 dias letivos.
“Com certeza vai haver um atraso na conclusão do ano letivo, provavelmente os alunos terão aulas, de algumas escolas que estão paralisadas, até final do mês de fevereiro, porque nós temos que garantir aos nossos alunos o mínimo estabelecido por lei, que são os 200 dias letivos. Tanto nós enquanto GRE, a Seduc e Ministério Público vamos estar acompanhando essa questão do cumprimento dos dias letivos. Então realmente o término do ano letivo já está comprometido”, disse.
Noêmia falou também sobre a questão do transporte escolar e a reforma do colégio Miguel Lidiano, que já se estende há bastante tempo e os alunos tiveram que ser transferidos para outras unidades para terem aula.
“Hoje está acontecendo de forma normal [o transporte dos estudantes] em todos os municípios jurisdicionados. […] O Miguel Lidiano está funcionando no antigo prédio da UESPI, por conta da reforma, houve um problema com a empresa contratada, daí a demora dessa reforma e hoje o Miguel Lidiano está grevando, a escola está paralisada, mas continua funcionando na UESPI e ao retornar, vai haver a reposição das aulas, mas continua funcionando na UESPI”, declarou.
A GREVE CONTINUA
O governador Wellington Dias recorreu da decisão judicial que determinava o repasse do reajuste dos professores em até 48 horas e solicitou novo prazo. O pedido será julgado novamente pelo desembargador Joaquim Santana. Diante disso, a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica (SINTE), Gisele Dantas, garante que as aulas continuarão suspensas.
Gisele lamenta que os alunos da Rede Estadual de Ensino continuem sem aulas. Ela afirma que assim que o governador do Estado cumprir o que foi determinado por lei, o reajuste salarial, os professores farão a reposição de todas as aulas para que os discentes não sejam mais prejudicados ainda.
“O calendário, quando retornar, quando o governador resolver, ao seu bel prazer, que ele está brincando mesmo com a questão dos estudantes, está humilhando os professores, os servidores da Educação e causando todo esse desgaste e prejuízo, aí vai ser uma questão que nós vamos ter que nos organizar e a partir do momento que for decidida essa situação, por parte da justiça e por parte da justiça e do Governo do Estado”, finaliza.
CONFIRA AS ENTREVISTAS:
NOÊMIA MARQUES-
GISELE DANTAS-