A Polícia Federal do Piauí prendeu treze pessoas na manhã desta quinta-feira (5) na Operação Conexão Delta das Américas. Os presos, segundo a PF, são integrantes de duas quadrilhas especializadas no comércio ilegal de cigarros falsificados, contrabandeados ou irregularmente importados. Foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva e temporária expedidos pela comarca de Parnaíba, litoral do Piauí.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades piauienses de Parnaíba e Cocal e, no Ceará, em Sobral e Meruoca. Os crimes aconteceram no Ceará, Piauí e Maranhão. Segundo a assessoria de comunicação da PF, a operação conta com 160 policiais federais dos estados do Maranhão, Ceará e Piauí, onde os crimes aconteceram.

“São duas lideranças, dois núcleos que tinham uma logística compartilhada. Eles tinham uma cerca concorrência”, comentou o delegado Carlos Alberto Ferreira, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Parnaíba.

Foram apreendidas em flagrante cargas de cigarro e armas de fogo. “O volume de cigarros apreendidos foi considerável, mas não foram as primeiras apreensões. No decorrer da investigação, que começou em 2016 e se intensificou nos últimos quatro meses, apreendemos milhares de caixas de cigarros”, comentou o delegado Carlos Alberto.

Também foi determinada a apreensão de veículos usados como meio de transporte das mercadorias ilícitas, indisponibilidade de bens imóveis e bloqueio de contas dos principais envolvidos no esquema. O cumprimento dos mandados foi realizado em parceria com a Receita Federal e com o 2º Batalhão da Polícia Militar, de Parnaíba.

O inquérito policial foi instaurado em novembro de 2016 e a investigação descobriu que duas organizações criminosas estruturadas e articuladas promoviam a distribuição e comercialização de cigarros falsificados, contrabandeados ou importados de forma clandestina.

Segundo a polícia, os crimes envolvidos são organização criminosa, contrabando, facilitação ao contrabando, sonegação de tributos, corrupção ativa e passiva, prevaricação, comercialização de produtos sabidamente adulterados nocivos à saúde e lavagem de dinheiro.

O nome da Operação foi inspirado na constatação de que os cigarros clandestinos negociados pelas organizações criminosas investigadas utilizam são distribuídos, preferencialmente, na região que compõe o Delta do Parnaíba.

G1