Bebida não combina com banho de mar, rio, piscina ou barragem. O alerta do Corpo de Bombeiros é uma tentativa de evitar o aumento na quantidade de afogamentos durante o mês das férias.

Durante o ano de 2017, foram registrados 87 casos no Piauí, sendo que 51 vítimas de afogamento morreram. Este ano, o Corpo de Bombeiros contabiliza 21 mortes e 11 pessoas resgatadas com vida.

Segundo o aspirante Thompsom Thauzer, da guarnição do Corpo de Bombeiros de Parnaíba, a condição de consciência das possíveis vítimas é um fator determinante na prevenção dos afogamentos. Ele se refere à ingestão de bebida alcoólica. “Os banhistas que consomem álcool e outras drogas são desrespeitosos e intolerantes com o nosso trabalho. Eles resistem às orientações e estão mais expostos aos riscos”, comenta.

O bombeiro destaca os cuidados necessários para tomar banho, de acordo com o lugar onde o banhista está. “O meio líquido é estranho ao ser humano. Ele precisa saber nadar para se arriscar. Caso não saiba, não deve deixar a água passar na cintura”, avisa.

Se o banho for no rio, há risco de contato com animais como cobras e jacarés e de o banhista se machucar gravemente nas pedras. “Há também buracos provocados pelas dragas e o deslocamento dos resíduos sólidos pela correnteza. Portanto, é bom evitar pular de cabeça se a água não possibilitar boa visibilidade”, diz Thauzer.

No mar, os riscos maiores são com as correntes de retorno, que se formam em algumas praias e têm a capacidade de puxar o banhista para as áreas mais fundas. “No litoral do Piauí, os registros mais frequentes são na Praia do Arrombado e na Pedra do Sal”, alerta o bombeiro, acrescentando que também é preciso tomar cuidado com as águas-vivas. “Elas aparecem como consequência da poluição e podem provocar queimaduras”, completa o bombeiro.

Nas barragens, os vilões dos banhistas são outros. “Há o risco de sucção se a pessoa ficar próximo ao escoadouro, ou de bater a cabeça nas pedras do sangradouro. Os buracos também são um risco”, afirma.

O aspirante Thompsom Thauzer conclui suas orientações alertando para que os pais tenham cuidado redobrado com as crianças. “Em casos de afogamento, é preciso ter muita resistência para superar a força da água. A maioria das ocorrências que registramos são com adultos, mas as crianças exigem muita atenção”, finaliza.

O Dia