Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município de Picos denunciam que estão há três meses sem receber salários. Além do atraso nos vencimentos e da falta de informações por parte dos responsáveis pelo órgão, os profissionais reclamam também das condições de trabalho, classificadas por eles como precárias.
O atraso nos salários foi confirmado ao Grande Picos pelo diretor administrativo da Secretária Municipal de Saúde, Brunno Luz. Ele afirmou que o problema ocorre em razão das dificuldades financeiras vividas pelo município e pela falta de repasse das verbas do governo federal para manutenção do serviço.
“Nós realmente temos um atraso em relação à folha de pagamento. Nós estamos trabalhando para resolver esse problema. Como é de conhecimento público, várias medidas de reorganização administrativa estão sendo adotadas”, pontua.
Brunno Luz revelou ainda que os repasses financeiros feitos pela União foram suspensos desde o ano passado e que o serviço está sendo mantido com recursos oriundos de repasse da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e do tesouro municipal.
Negociações
Uma comissão formada por funcionários do SAMU se reuniu na sexta-feira (06) com o procurador geral do município, Maycon Luz, para discutir a situação dos servidores.
De acordo com um dos membros da comissão, o objetivo da reunião foi receber da Procuradoria uma previsão de quando pagamentos serão regularizados.
Para Maycon Luz, o encontro foi proveitoso, pois, os trabalhadores tiveram a oportunidade de conhecer a limitação financeira que passa a gestão. “Foi uma conversa muita produtiva. Eles puderam nos ouvir e ficaram sabendo o que estamos fazendo para resolver a situação”, frisa.
Mas, segundo um servidor que pediu para não ter o nome revelado, ele e outros colegas de trabalho foram pressionados a não se manifestarem contra o atraso em seus contracheques.