Indignados com o que chamam de descaso do governo com as categorias, os policiais pedem que a Assembleia abra processo de crime de responsabilidade contra os secretários.
A presidente do Sindicato dos Delegados Civis, Andrea Magalhães, as ausências dos secretários incorrem em crime. “Isso é muito grave. É a segunda vez que o governo não vem. É uma falta de respeito. Os secretários incorrem em crime”, declarou. Na terça-feira (3) policiais civis e militares realizam protesto na frente do Palácio de Karnak.
O líder da oposição na Casa, deputado Robert Rios, disse não adiantar entrar com o pedido já que o governo tem maioria na Casa. Ele chamou o Karnak de puxadinho da Assembleia.
“O governo tem a maioria dos deputados nas mãos. Os secretários poderiam ser acusados de crime de responsabilidade, mas isso não vai ocorrer. A Assembléia é um puxadinho do Palácio de Karnak. Não adianta”, afirmou.
O vereador R. Silva, que é militar, afirma que o governo mostra descaso com a categoria. “O governo deveria ter pelo menos encaminhado um representante. Essas classes já são tão sofridas. Temos um patamar de inflação de 20% nos últimos quatro anos e só foi dado a essas classes 6%. As categorias só queriam uma explicação”, disse.
As categorias prometem fazer manifestações contra o governo. ” O governo se aproveita do regime dos militares que é muito rígido com relação a greve. Tem enrolado as categorias”, declarou R. Silva.
De acordo com a Legislação Eleitoral, a partir do dia 07 de abril o governo não poderá conceder aumento para as categorias. “Ees querem enrolar as categorias. Depois do dia 7 não pode haver mais conversas. É uma vergonha”, disse o Major Diego.
O secretário Fabio Abreu chegou a anunciar que o governo concederá aumento, mas a proposta nunca foi apresentada.
Meio Norte