O país está propenso a enfrentar em 2022 surtos de doenças —como a da gripe que já assola estados brasileiros— em razão de uma menor cobertura vacinal decorrente da pandemia do coronavírus, quando a demanda por outros imunizantes caiu, e do afrouxamento das restrições contra a covid-19, segundo alertam especialistas em saúde.

Além da influenza, infectologistas veem a possibilidade de novos surtos de doenças como sarampo, difteria e catapora. Com maior incidência no verão e transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, dengue, zika e chikungunya também preocupam —além de sobrecarregar hospitais, essas doenças provocam sintomas que podem se confundir com os da covid, dificultando o diagnóstico.

 

Influenza

A região metropolitana do Rio de Janeiro enfrenta uma epidemia de influenza tipo A. São mais de 23 mil casos de influenza registrados às vésperas do verão na capital —época atípica para a doença, que costuma se manifestar no inverno— e que sobrecarregam a rede de saúde na capital fluminense.

O menor índice de vacinação contra a influenza, o relaxamento de medidas restritivas e a identificação da circulação de uma nova cepa (a H3N2 Darwin) colaboraram para a transmissão desenfreada do vírus, que já chegou a São Paulo e à Bahia e deixa os demais estados em alerta para a doença.

uol