Com o mapa do Piauí em vermelho há vários dias, registrando aumento no número de casos de Covid-19, as autoridades de vigilância sanitária começam a se preocupar com as festas de fim de ano, quando tradicionalmente as pessoas se reúnem em confraternizações. A situação do Piauí ainda desperta preocupação.
De acordo com o último boletim epidemiológico, o Estado registra 11.026 casos confirmados da doença e 2.450 mortes. A Covid-19 está presente nos 224 municípios do Estado e em 83,9% deles há registro de mortes. Ainda segundo o painel divulgado pela Vigilância Sanitária do Estado, a média móvel de mortes dos últimos 14 dias é 9,1.
Um fato que chama a atenção e merece um olhar especial é a disponibilidade de leitos de UTI. A maior oferta desse tipo de leito, fundamental quando a doença avança para um quadro mais grave, está concentrada em Teresina. Dos 224 municípios do Estado, apenas 8 possuem leitos de UTI.
Justamente por causa desse cenário, é que a orientação da Vigilância Sanitária é para que as pessoas evitem grandes festas de comemoração e celebrem o Natal reservadamente, em família. Ainda assim, com cautela. Esta semana, o infectologista Kelson Veras advertiu que as reuniões familiares, ao contrário do que se pensa, trazem, sim, um perigo de transmissibilidade porque é justamente nelas que as pessoas mais se aproximam e trocam contatos físicos.
“O que ficou definido são os dois eixos que já foram publicados no protocolo 41, que é sobre os eventos, os entretenimentos, a parte cultural. Continua o que está nesse protocolo: fazer eventos com no máximo 100 pessoas, ambiente aberto ou semi-aberto; com mil pessoas somente em drive-in, ocupando um espaço com 250 carros, com no máximo quatro pessoas por veículo; fora isso nenhuma situação está liberada”, destaca a diretora da Vigilância Sanitária, Tatiana Chaves, que afirma que as regras para bares e restaurantes devem ser as mesmas seguidas atualmente.
É difícil imaginar um Natal sem abraços e afagos carinhosos, mas é a maneira possível para que possamos estar vivos até o Natal do próximo ano quando, então, já vacinados, poderemos voltar a nos abraçar como antes.
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