A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) mudou a campanha política do corpo a corpo entre candidatos e o eleitorado. Isso porque as medidas de distanciamento social impedem, até o momento, a proximidade entre pessoas. Entretanto, esse momento reforça a importância da comunicação e marketing digital.
Com as determinações de isolamento social, o número de pessoas em casa aumentou, com isso, foi possível observar também um consumo maior das plataformas digitais e mídias tradicionais, como o rádio e televisão. Esse é também o momento em que os eleitores estão em casa, acessando informações.
Sobre o assunto, a nossa reportagem conversou com o jornalista e analista político, Denilson Avelino, que revelou que o candidato terá que profissionalizar suas redes sociais e avaliar o tipo de público que irá direcionar sua mídia. Ele disse ainda que há também os candidatos que não têm público nas redes sociais, e lembra da força que as mídias tradicionais, como o rádio, por exemplo, ainda têm.
“O público das redes sociais, ele é totalmente diferente do público geral. Não adianta o político só investir em rede social, que são as novas mídias, mas ele também não pode esquecer do público tradicional, que é o público que está no rádio, o público que está na televisão. Se ele não souber separar isso, ele vai acabar falando para ninguém. Eles vão falar para muita gente, e poucos vão conseguir captar o seu discurso”, explicou.
Denilson destacou o anonimato que as redes sociais oferecem e lembrou a necessidade de o político dispor de uma equipe de profissionais para lidar com situações de críticas.
“Se você conseguir profissionalizar as suas redes sociais e conseguir manter um discurso coerente com o público geral, há uma possibilidade de você ter um êxito maior na sua campanha. Isso porque, as pessoas estão nas suas redes sociais mais críticas, elas estão antenadas com os acontecimentos e também, na maioria dos casos, eles têm um certo anonimato, então, eles se sentem mais à vontade para criticar candidato A, ou B, em determinada situação […]. Se o candidato não souber lidar com essa questão dos haters [odiadores], que a gente chama, ele pode se complicar e pode deixar que alguém de fora acabe minando a sua campanha”.
O jornalista falou ainda sobre fake news durante a campanha, gastos de candidatos e a importância de o eleitor votar de forma consciente e com responsabilidade para uma gestão de quatro anos. Confira o bate-papo em podcast com DENILSON AVELINO-