O terceiro prognóstico para a safra 2020, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), levantado  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quarta-feira (8), mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas aponta um recorde de 243,2 milhões de toneladas, 0,7% acima da safra de 2019, o que representa 1,7 milhão de toneladas a mais. A publicação do IBGE estima produção agrícola no Piauí de 4,416 milhões de toneladas, um aumento de 4,4% em relação a 2019.  Uma área plantada de 1,495 milhão de hectares. A produção de soja estimada para 2020 é de 2,325 milhões de toneladas.

As estimativas iniciais apontam uma redução de 7,2% na produção do milho e um crescimento de 7,8% na produção da soja.

Por causa do aumento de 16,6% da produção da soja na safra para 2020, o Piauí, em um ano pulou uma casa, no ranking nacional, e passou da 12º posição para ser o 11º maior produtor agrícola do Brasil, com uma participação de 1,8%, na produção nacional , empatando com Tocantins e já vencendo o Pará (1,2%), e já muito próximo do vizinho Maranhão (2%).

No ranking nacional, Mato Grosso lidera com 28%, seguido do Paraná (14,9%), Rio Grande do Sul (14,3%), Goiás (7,9%), Minas Gerais (6%), São Paulo (3,8%), Bahia (3,4%) e Santa Catarina (2,8%).

O IBGE informou que em relação à soja, a  terceira estimativa de produção para 2020 soma 122,4 milhões de toneladas, crescimento de 7,8% em relação a 2019, sendo a presente informação, novo recorde da série histórica do IBGE.

A área a ser plantada com a leguminosa é de 36,6 milhões de hectares, aumento de 2,2%. O rendimento médio estimado é de 3 340 kg/ha, aumento de 5,4%, ressaltando que, na safra da leguminosa, em 2019, houve excesso de calor e restrições de chuvas no Paraná, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, prejudicando o rendimento médio nacional. Dentre os maiores produtores, o Mato Grosso, que em 2020 deve responder por 26,9% do total a ser produzido pelo País, estima colher 33,0 milhões de toneladas, crescimento de 2,2% em relação a 2019, em decorrência do aumento de 2,2% na área a ser plantada. O Paraná estima produzir 19,8 milhões de toneladas, aumento de 22,6%, enquanto o Rio Grande do Sul estimou uma produção de 19,3 milhões de toneladas, crescimento de 4,2% em relação a 2019. Em relação ao mês anterior, a estimativa para a produção da soja apresenta crescimento de 1,3%, com aumentos da produção estimados pelo Tocantins (2,5%), Maranhão (1,0%), Piauí (16,6%), Minas Gerais (1,0%), São Paulo (14,3%), Paraná (0,1%), Rio Grande do Sul (0,6%), Mato Grosso do Sul (3,8%) e Goiás (2,0%). Dos grandes produtores, apenas a Bahia informou retração na estimativa de produção, sendo de apenas 2,0%.

O Piauí está registrando aumento na produção na safra agrícola de 2020 de milho na primeira safra , de 24,2% ; de feijão, na primeira safra, de 27,5% e; sorgo, de 170,8%.

Em relação ao algodão herbáceo (em caroço),  terceiro prognóstico da safra para 2020 estimou uma produção de 7,1 milhões de toneladas, crescimento de 2,7% em comparação com a safra de 2019, marcando novo recorde da série histórica do IBGE. A área plantada, de 1,7 milhão de hectares, deve crescer 7,1%. Estima-se que a safra 2020 obtenha rendimento médio de 4 058 kg/ha, declínio de 4,1% em relação à safra do ano anterior. Em relação ao mês anterior, a estimativa de produção do algodão apresenta crescimento de 0,7%, em decorrência do aumento de 0,8% da área plantada. O rendimento médio declinou 0,1%. Foram verificados crescimentos nas estimativas da produção no Tocantins (31,0% ou 2 475 toneladas), Piauí (31,9% ou 17 627 toneladas), Mato Grosso do Sul (5,2% ou 8 366 toneladas), Mato Grosso (0,4% ou 17 340 toneladas) e Goiás (7,2% ou 12 132 toneladas). Na Bahia, houve declínio na estimativa da produção do algodão (-0,5% ou 7 050 toneladas).

A estimativa da produção de sorgo (grão) alcançou 2,6 milhões de toneladas, crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior. Houve aumentos de 1,0% na área plantada e de 1,1% na área colhida, e declínio de 0,5% no rendimento médio. Em relação ao ano anterior, a produção apresenta crescimento de 15,3%, com destaques para o crescimento da produção em Goiás (20,3%), em Minas Gerais (5,0%), em São Paulo (99,3%), no Piauí (170,8%), em Tocantins (36,4%), em Mato Grosso do Sul (48,3%) e no Pará (223,2%). Houve declínios da produção em Mato Grosso (-16,3%), na Bahia (3,8%), no Distrito Federal (-20,6%), no Maranhão (-62,5%) e no Rio Grande do Sul (-7,8%). Conjuntamente, Goiás e Minas Gerais respondem por 74,8% da produção brasileira do cereal. O sorgo é muito cultivado em época de segunda safra nas áreas de Cerrado e, devido a sua maior tolerância à seca, possui uma “janela de plantio” mais estendida que o milho, nesse bioma. Como em algumas Unidades da Federação a colheita da soja foi antecipada, as lavouras de 2ª safra beneficiaram-se de um maior período de chuvas.

Fonte: Meio Norte