Dois casos confirmados de sarampo estão sendo acompanhados pela Vigilância Epidemiológica de Picos. De acordo com o coordenador do órgão, Robsoncley Viana, uma mulher de 21 anos e sua filha, de um ano, procuraram atendimento médico no Hospital Regional de Picos após as suspeitas.
Elas são de Campo Grande do Piauí e estiveram no estado de São Paulo nos últimos meses. O coordenador falou que no momento, nenhum caso foi notificado entre pessoas residentes em Picos, mas faz um alerta para o risco de contágio por conta da quantidade de pessoas de outros estados que o município recebe.
“O da criança foi o primeiro caso de sarampo no Piauí e o da mãe, foi o quarto. Mas estavam sendo investigados os dois juntos porque eram mãe e filha, ambas estiveram em São Paulo no período do final de junho a julho, mas no presente momento nós não temos nenhum caso de sarampo em Picos, poderemos ter, porque a gente não descarta, porque é uma cidade onde tem muita gente que viaja para São Paulo, para o Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e recebemos várias pessoas que vêm a trabalho ou só passam pela cidade”, explicou.
Na oportunidade, Robsoncley Viana destacou que por ser uma doença altamente contagiosa, a população deve procurar a vacina disponibilizada nos postos de saúde, segundo ele, o sarampo pode matar ou causar sérios danos ao organismo e é mais perigoso em crianças e idosos.
“O sarampo, principalmente em menores de dois anos, até a década de 80 era uma das principais causas de óbito em crianças. O sarampo mata. A gente precisa se preocupar, porque embora as pessoas achem que não mata, porque é uma doença que com seis dias já se melhora o quadro, mas em crianças, idosos que não são vacinadas, não estão imunes, ela pode matar sim, ou ter complicações que pode ser cegueira, perda da audição, ou encefalite, que são problemas neurológicos. E a gente está trabalhando para que o sarampo não se propague no Piauí e se torne uma epidemia”, completou.
O coordenador informou que quando há um caso suspeito, a Vigilância Epidemiológica inicia um processo de investigação e bloqueio vacinal.
“A gente investiga por onde essa pessoa andou, quem ela entrou em contato e essas pessoas passam a ser avaliadas, monitoradas durante trinta dias, para que essas pessoas não adoeçam ou se adoecerem, a gente possa saber onde elas estão. Como teve esse primeiro caso, a gente entrou em contato com os municípios onde ela percorreu, tentamos localizar a empresa de ônibus que ela veio de São Paulo para monitorar as pessoas que estavam dentro do ônibus, monitoramos toda a região dela e as localidades por onde ela passou. Todas as pessoas que ela entrou em contato foram vacinadas”, pontuou.
A cidade de Picos está servindo de referência para investigação de casos suspeitos que apareçam na região.
Sintomas
Dores locais: nos músculos
Tosse: forte ou seca
No corpo: fadiga, febre, mal-estar ou perda de apetite
No nariz: nariz escorrendo, vermelhidão ou espirros
Na pele: erupções ou manchas vermelhas
Também é comum: conjuntivite, dor de cabeça, dor de garganta, inchaço dos gânglios, irritação nos olhos ou sensibilidade à luz
O sarampo é uma doença prevenível por vacinação.
Devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
Primeira dose: Crianças que completarem 12 meses (1 ano).
Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.
Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.
De 1 a 29 anos – São necessárias duas doses;
De 30 a 49 anos – Apenas uma dose.
CONFIRA A ENTREVISTA COM ROBSONCLEY VIANA