A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) confirmou cinco casos de mormo em equinos no Piauí, durante audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (18), na Assembleia Legislativa.
Requerida pelo deputado João Mádson (MDB), a audiência discutiu a ocorrência de mormo em municípios piauienses e as consequências da doença para o estado.
Segundo o presidente da Adapi, José Genilson Sobrinho, um caso da doença foi confirmada no 11 de setembro deste ano. Foi constatada a passagem do animal pelo Parque de Exposição Dirceu Arcoverde, o que resultou na sua interdição. Após o sacrifício do animal acometido da doença, a Adapi passou a avaliar, com exames, todos os animais que tiveram contato o cavalo doente. A previsão de duração da interdição é de cerca de 60 dias.
“Caso seja registrado algum resultado positivo para mormo, o animal será sacrificado. O parque seguirá interditado até passar por uma desinfectação”, completou José Genilson.
As afirmações do presidente da Adapi foram contestadas pelo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária no Piauí, Anísio Neto. “Nós defendemos que a legislação seja cumprida. Os casos do mormo já são verificados no Piauí desde 2005 e nós sabemos o quanto a Adapi é deficitária em estrutura”.
Edmar Barroso, proprietário do animal diagnosticado com mormo, garantiu que os animais que entram ou saem de seu aras passam por exames. “O presidente do Conselho de Medicina Veterinária está criando um terror entre os veterinários e criadores. Todos os cuidados estão sendo tomados e os animais que tiveram contato estão isolados”.
O representante do Ministério da Agricultura, Airton Leôncio reforçou que a instituição responsável pela fiscalização e controle sanitários dos rebanhos no Piauí é a Adapi e ressaltou que todos os procedimentos realizados pela agência estão em conformidade com a Legislação.
A doença – O mormo é uma zoonoze – doença que pode ser transmitida a humanos – infectocontagiosa que atinge equinos. Todos os funcionários que tiveram contato com os animais foram encaminhados para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela para a realização de exames.
Em animais, os sintomas da zoonose são: febre, fraqueza, corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões e gânglios linfáticos. O contágio acontece através do contato com o material infectante, como pus, secreção nasal, urina e fezes.
Fonte: Alepi