Os profissionais de Inteligência da Polícia Militar do Piauí estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (28) para discutir novas estratégias no combate ao “Novo Cangaço”, uma modalidade de crime organizado que tem atuado, principalmente, no interior do Piauí, Maranhão, Bahia, Pernambuco, Tocantins e Ceará.
Eles participaram do primeiro Seminário de Inteligência de Segurança Pública, com o tema “A Inteligência e o compartilhamento das informações através da integração estratégico/operacional na esfera de segurança pública”.
“As quadrilhas de assalto a bancos são interestaduais. As modalidades e o modus operandi são os mesmos. O que muda, às vezes, é a quantidade de integrantes que vai atuar em certo evento. Com base nisso, nós trocamos ideias e informações com agências de outros estados que tenham essas expertises de combate. Os estados tem discutido essa temática com programas, projetos e planos estratégicos de enfrentamento, e não é diferente aqui no Piauí. Portanto, esse seminário tem esse fundamento de trocar ideias para combater essa modalidade, para melhor servir a sociedade”, comentou o tenente-coronel da PM, Scheiwann Schileidem Lopes.
O evento realizado no auditório do Quartel do Comando Geral, no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina, também contou com a presença dos representantes da Polícia Civil do Piauí, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, além do Exercito Brasileiro, Guarda Municipal de Teresina e da Secretaria Estadual de Justiça.
O capitão da PM, Thiaggo Araújo, do Estado de Pernambuco, participa do seminário ministrando a palestra “BEPI e as boas práticas de enfrentamento ao ‘Novo Cangaço’ no Estado de Pernambuco”.
“Essa palestra traz nossa experiência, são mais de 20 anos trabalhando nesta área de combate ao chamado ‘Novo Cangaço’. Essa experiência, além de várias ocorrências que nós já participamos, viemos trazer essa mesma linguagem para o Piauí até porque os estados precisam trabalhar de maneira conjunta e combater essa prática, principalmente, no interior, nas pequenas cidades”.
O capitão relatou ainda que o ano de 2016 foi bastante emblemático como, por exemplo, a atuação de uma quadrilha na explosão do banco de Curimatá, no Piauí.
“A gente veio de lá (do Pernambuco) para atuar no Piauí. Nós percebemos que os meliantes dessas quadrilhas eram pernambucanos e vieram atuar no Piauí com ajuda de piauienses. O pessoal (inteligência) do Piauí também tem contribuído em Pernambuco com cursos e no combate a criminalidade. Essa interação é de extrema importância. Essas facções estão atuando em todo o Nordeste, por isso essa interação é de extrema importância”.
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