O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 0,4% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. O indicador foi divulgado na manhã de hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a soma das riquezas produzidas no país em janeiro, fevereiro e março.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia brasileira também cresceu nos meses pesquisados, com uma variação de 1,2%.
A gerente de contas nacionais do IBGE, Claudia Dionísio, comparou que o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2018 fez a economia brasileira atingir o mesmo nível do primeiro semestre de 2011.
“Se fôssemos comparar, hoje estaríamos no patamar do primeiro semestre de 2011”, explicou ela. A pesquisadora acrescentou que a economia havia avançado até 2014 e, nos anos de crise, retrocedeu até números de 2010, patamar a partir do qual a economia tem avançado desde o início de 2017.
Em valores correntes, o Produto Interno Bruto brasileiro somou R$ 1,641 trilhão no primeiro trimestre de 2018.
O crescimento em relação ao final do ano passado foi o quinto resultado positivo consecutivo. O setor da economia que mais avançou foi a agropecuária, com uma alta de 1,4%. A indústria e o setor de serviços ficaram perto da estabilidade, com variação positiva de 0,1%.
A gerente de contas nacionais do IBGE, Claudia Dionísio, ponderou que o crescimento da agropecuária no primeiro trimestre foi impulsionado pela safra da soja, enquanto no quarto trimestre o destaque do setor era a cana-de-açúcar, que, além de ter menor peso na economia, teve um desempenho abaixo do esperado. “Pela ótica da produção, a agropecuária foi quem mais favoreceu o crescimento de 0,4%”.
Na comparação entre os primeiros três meses de 2018 e o mesmo período de 2017, Claudia Dionísio também fez uma ponderação: a safra do ano passado foi recorde para a soja e para toda a lavoura, o que faz a base de comparação ser muito elevada. “A soja não está caindo, ela está crescendo 0,5% este ano. Mas é 0,5% em cima de números muito bons”, disse Claudia, que apontou perda de produtividade, porque a área plantada aumentou mais do que o crescimento.
A indústria de transformação recuou 0,4% e a indústria da construção, 0,6%. As atividades industriais ligadas à eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, cresceram 2,1%.
No setor de serviços, tiveram expansão o comércio (0,2%), os serviços de transporte, armazenagem e correios (0,7%) e as atividades imobiliárias (0,5%). Os serviços de informação caíram 1,2% e os de intermediação financeira e seguro, 0,1%. Apesar de ter crescido frente ao fim de 2017, a agropecuária caiu 2,6% se comparada com os meses de janeiro, fevereiro e março do ano passado. A indústria cresceu 1,6% nessa base de comparação e os serviços, 1,5%.
Agência Brasil