Uma pesquisa com 1.700 crianças revelou que o açúcar do achocolatado pode atrapalhar o crescimento. Mas quando os pais devem se preocupar com o desenvolvimento e estatura dos filhos? O crescimento depende de vários fatores como idade, idade óssea, altura da família, idade de início da puberdade, estado de saúde física e mental.

Entretanto, o crescimento é um marcador indireto de saúde da criança. Ou seja, toda criança considerada baixinha deve ser avaliada pelo endocrinologista especialista em crescimento. Os pais devem se preocupar se a criança é mais baixa que a maioria dos amiguinhos, principalmente antes do início da puberdade, como explicaram as convidadas do Bem Estar desta quinta-feira (17) – a pediatra e consultora Ana Escobar e a endocrinologista Elaine Costa.

Como chegar ao diagnóstico? O primeiro passo é estudar a idade óssea da criança, junto com um estudo hormonal. Se estiver dentro dos parâmetros, está tudo bem. Se houver desaceleração do crescimento, isso pode indicar algum problema e deve-se procurar um especialista.

Quando usar medicamentos? A criança precisa passar por um especialista, pois todos os medicamentos têm efeitos colaterais.

Algumas coisas podem contribuir para a baixa estatura:

  • Doença celíaca
  • Hipotireoidismo
  • Uso prolongado de corticoides
  • Doenças crônicas

O tratamento deve ser iniciado assim que constatado que a criança parou de crescer enquanto as outras do grupo continuam dentro da curva. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor.

Hábitos alimentares

Os primeiros anos de vida são fundamentais para garantir a formação do hábito alimentar. Em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, um levantamento feito em creches mostrou que 6% das crianças estão com estatura mais baixa do que o ideal. O estudo foi feito com quase 1.800 crianças de até três anos.

Alguns pontos podem contribuir para o atraso no crescimento:

  • Presença de leite de vaca com achocolatado e adição de açúcar
  • Consumo de verduras e hortaliças inferior ao recomendado
    Ingestão de carne acima do permitido
  • Ausência de peixe
  • Textura dos alimentos transformados em sopa, sem incentivar o hábito da mastigação

Segundo os especialistas, os primeiros anos de vida são fundamentais para garantir a formação do hábito alimentar, principalmente em relação a redução do risco da obesidade e baixa estatura.

G1