O vereador picoense Carlos Luís Nunes de Barros (PSDB), em entrevista ao Grande Jornal desta quinta-feira (05), anunciou seu afastamento das atividades legislativas do município de Picos por um período de quatro meses. Quem assume a vaga é o vereador Severino Luz (PDT).
Calos Luís fala do seu afastamento e destaca a importância de os vereadores que ficaram na suplência, assumir atividades políticas na cidade.
“Eu encaminhei o meu pedido de afastamento no dia 02 de abril, e hoje, acredito que durante a sessão, tome posse o vereador Severino Luz. Ele que foi muito importante durante a campanha, era de um partido coligado, um partido unido e dentro da legislação eleitoral a gente precisa fazer um grupo de partidos para que se tenha um resultado eleitoral promissor. Então, naturalmente, eu devo a minha eleição, não só aos meus eleitores, mas também às pessoas que confiaram no Antônio Moura, no Severino e em todos os candidatos. Esse é um gesto de gentileza, junto com uma necessidade pessoal de me afastar para eu me cuidar”, explicou.
No período em que o vereador ficará afastado, ele não receberá os vencimentos relativos ao cargo. Serão 121 dias longe dos trabalhos no legislativo municipal.
No âmbito político, Carlos Luís falou que seus colegas precisam se atentar mais para os requerimentos que passam pela Casa. Ele fala que muitas solicitações feitas pelos vereadores picoenses não são atendidas.
“Os vereadores precisam se valorizar, é o primeiro maior trabalho que nós devemos ter, infelizmente o poder legislativo não tem importância, eu vejo vários companheiros fazerem 20, 30 requerimentos por sessão e até hoje eu não soube que nenhum desses requerimentos foram atendidos, nem respondidos, eu não sei nem se saiu da Câmara e foi para os órgãos competentes”, declarou.
O vereador falou ainda que a mesa diretora da Casa deve dar uma maior atenção aos parlamentares. “A mesa tem essa obrigação, não só de encaminhar os nossos pedidos, como prestar conta do resultado dos nossos pedidos”.
Calos Luís falou que o trabalho dos vereadores deve ser voltado à população, ele conta que o grupo deve satisfação aos seus eleitores, pois eles seriam “os juízes” das atividades daqueles que foram eleitos.
“É a prestação de contas que a gente tem que fazer, se a população não está entendendo o que a Câmara está fazendo, o erro não pode ser da população, o erra é nosso. Erro de não estarmos prestando conta do que estamos fazendo, de não esclarecermos e não conversar sobre o que nós estamos ou não estamos fazendo. Porque muitas vezes, a gente também tem que dizer para a população que nós não podemos fazer isso ou aquilo, mas temos que ser claros, transparentes e honestos”, definiu.
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CARLOS LUÍS NUNES DE BARROS –