O governador Wellington Dias (PT) não descarta pedir a ilegalidade da greve dos professores estaduais. O ano letivo nas escolas do estado ainda não iniciou e a categoria não aceita a proposta apresentada pelo governo de compensar o reajuste salarial com aumento do auxílio alimentação.
De acordo com o sindicato, a proposta é inaceitável já que só atende os professores da ativa, deixando de fora os inativos e pensionistas. Para o governo, esse seria o único acordo viável já que um aumento estaria impossibilitado no período em que o Estado ultrapassou o limite prudencial que a Lei de Responsabilidade Fiscal, determina para os gastos das receitas com folha de pagamento.
“Quero deixa claro que nosso foco é manter a população bem assistida. Buscamos uma alternativa em relação à possibilidade de fazer aplicação de melhorias salariais dentro da legalidade que foi o auxílio alimentação. Se for preciso pediremos a ilegalidade. Um dia sem aula é um grande prejuízo para os estudantes e para toda a sociedade”, declarou.
O secretário de Administração, Franzé Silva, afirma que o estado encontra-se no limite prudencial sem condições de conceder reajuste para nenhuma das categorias. Além dos professores, os policiais militares estiveram reunidos com a vice-governadora Margarete Coelho (PP) cobrando um aumento de 15%. O governo diz ser impossível no momento.
“O Piauí está no limite prudencial. No caso dos professores temos a saída do auxílio alimentação, que já existem outras categorias pedindo. Precisamos ter responsabilidade com cada um que faz a contribuição dos recursos dentro do erário. Queremos manter esse entendimento com todas as categorias como agentes penitenciários, policiais civis, professores, militares para que possamos, dentro das possibilidades do Estado, conceder aumento. Mas quando não for possível que tenhamos a lógica e responsabilidade de defender o cidadão”, declarou Franzé.
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