O início das chuvas é bastante celebrado pela maioria da população, na região de Picos as chuvas são escassas e quando vêm, agricultores, apicultores e grande parte dos picoenses, comemoram. Porém, a chegada do período chuvoso se torna um pesadelo para uma considerável parcela da população.
Há muitas casas construídas em encostas, deixando várias famílias em estado de alerta. Outro grande problema são os alagamentos que ocorrem em diversas ruas da cidade. Desde o início do ano, tem chovido quase todos os dias na Capital do Mel.
Nesta manhã (05) o Centro de Meteorologia registrou 39 mm de acúmulo hídrico, quantidade suficiente para ocasionar mais um alagamento na Rua João Pessoa, no bairro DNER. Moradores denunciaram prejuízos materiais e ainda os riscos que várias famílias estão expostas após a invasão da lama em suas casas.
Os moradores reclamam de um aterro colocado em uma passagem de água que está impedindo o fluxo da água das chuvas, ocasionando a inundação de várias casas. A população conta que já procurou a Prefeitura de Picos para tentar resolver o problema, mas eles não obtiveram resposta. Segundo o verdureiro José Francês, o material foi colocado em um lugar indevido, um terreno particular e o responsável se nega a retirar.
O consultor de vendas, Francisco Borges, relatou que as chuvas já registradas em 2018, causaram grandes transtornos aos moradores, que tiveram suas casas invadidas por lama. Ele fala que a grande preocupação das famílias é com a saúde das crianças, que ficam vulneráveis com a presença da água que vem da rua.
O autônomo José Pereira da Silva conta que se machucou quando sua casa foi invadida pela enxurrada, ele caiu e cortou a cabeça. Ele lamenta que nenhuma autoridade do município faça nada por eles.
Maria das Neves dos Anjos contou que foi pega de surpresa na manhã de hoje com a invasão da água em sua residência, ela afirma que estava dormindo, quando se deparou com a água subindo nos cômodos da sua casa. Ela diz ainda que teve vários prejuízos com a entrada da água, perdeu máquina de lavar e quinze sacos de milho que estavam estocados no local, foram perdidos.
A moradora Maria Valdeci Leal Silva improvisou uma parede para tentar barrar a passagem da água, mas não conseguiu evitar a invasão. Ela conta que também teve muitos prejuízos.
Antônia Eliana da Silva fala que eles estão vivendo em uma situação bem triste, ela relata que, só neste ano, já é a segunda vez que tem sua casa alagada. E perdeu um guarda roupa e fala também que teme por algo ainda maior, a vida de seus filhos.