A quantidade de miseráveis aumentou cerca de 37% desde 2014, período em que a crise econômica se agravou no Brasil. O comparativo da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) daquele ano com a de 2016, que foi divulgada ontem (15) pelo IBGE, revela que o Estado terminou o ano passado com 212 mil miseráveis a mais.

O Piauí possuía cerca de 780 mil pessoas vivendo com renda inferior a ¼ do salário mínimo vigente em 2016, ou seja R$ 220. Em 2014, o número de miseráveis era de aproximadamente 568 mil pessoas. Em termos percentuais, 24,3% dos piauienses estavam na condição de extrema miséria no ano passado. Dois anos antes, o índice era de 17,8%.

De acordo com os dados do SIS, mais de 75% da população do Estado ganhava até um salário mínimo, sendo que 48% tinha renda inferior a R$ 440 e cerca de 28 mil não tinham rendimento algum.

A maior faixa salarial, acima de cinco salários mínimos, ficou concentrada entre 1,6% dos piauienses, ou seja, pouco mais de 50 mil pessoas ganhavam a partir de R$ 4.400.

O Piauí ocupava o quarto lugar no ranking dos Estados com maior percentual de pessoas vivendo com menos de R$ 220 em 2016. Apenas no Acre, Pará, Amazonas e Maranhão o número de miseráveis era maior.

Considerando apenas as capitais, Teresina ocupa o quinto lugar entre aquelas que possuem mais pessoas ganhando até ¼ de salário mínimo. O índice é de 10,6% da população que vive na Capital. A situação só é pior em Rio Branco, Manaus, Macapá e São Luís.

O maior número de pessoas em extrema pobreza estava concentrado na região Nordeste em 2016. Eram 13,1 milhões de pessoas vivendo com menos de ¼ do salário mínimo por mês na região. O menor contingente de pessoas nesta condição foi observado no Centro-Oeste – cerca de 900 mil pessoas.

O Dia