A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do Instituto de Estudos de Saúde Complementar (IESS), divulgou nesta quarta-feira (22) o primeiro Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil. Os dados mostram que por dia, 82 brasileiros morrem em decorrência de acidentes e falhas que poderiam ser evitados.
Segundo os dados de 2016, os erros hospitalares só matam menos que problemas cardiovasculares (950 mortes por dia). Em acidentes de trânsito são 129 mortes por dia e pela violência são 164 mortes diárias. O câncer mata entre 480 a 520 pessoas por dia.
Nem todos os erros são provenientes do atendimento médico. Nos cálculos entram erros de dosagem de medicamentos, infecção hospitalar, uso incorreto de equipamentos e outros.
Custo
O Anuário mostra que foram gastos 10,9 bilhões de reais em recursos com “eventos adversos”, como são chamados erros hospitalares. Essa quantia é referente aos casos cobertos por planos de saúde. Valores gastos pelo SUS não são possíveis calcular, tendo em vista que as receitas variam dependendo da região.
Vítimas
Crianças de até 28 dias de vida e idosos acima dos 60 anos são as maiores vítimas de “eventos adversos”. Infecções hospitalares são responsáveis por 9,7% das ocorrências.
Veja a lista de “eventos adversos” mais comuns
- Lesão por pressão;
- Infecção de sítio cirúrgico;
- Infecção urinária associada ao uso de sonda vesical;
- Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
- Fraturas ou lesões decorrentes de quedas ou traumatismos dentro do hospital;
- Infecções relacionadas ao uso de cateter venoso central
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