O estado de São Paulo disponibilizou a quinta dose da vacina contra o coronavírus, equivalente a terceira de reforço, para pessoas com 60 anos ou mais e imunossuprimidos, conforme definições do Ministério da Saúde.
O intervalo desde a última dose é de quatro meses, conforme recomendação da pasta.
É considerado imunossuprimido quem está passando por quimioterapia, fez algum transplante de órgão ou de células-tronco, vive com HIV/Aids ou faz hemodiálise.
A campanha teve início na última segunda-feira (30), segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde.
“A Secretaria de Estado da Saúde reitera a importância da conclusão do esquema vacinal para garantir a proteção contra a Covid-19, com pelo menos duas doses”, diz nota da pasta.
Uma análise feita pela Folha com dados do Ministério da Saúde e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicada no sábado (28), aponta que a quarta dose entre os idosos apresenta baixa adesão.
A cobertura com este segundo reforço é de somente 18% entre os brasileiros de 80 anos ou mais, elegíveis desde março em todo o território nacional.
O aumento de novos e de internações em decorrência do coronavírus tem alertado as autoridades. Na última terça (31), o Comitê de Contingência da Covid-19 do governo paulista recomendou a volta do uso de máscaras em locais fechados em todo estado diante da tendência.
“Nessa última semana tivemos aumento de 40% de internações em São Paulo, e 80% de transmissibilidade”, disse o médico João Gabbardo, coordenador executivo do Comitê Científico do governo estadual.
“Felizmente a vacinação contribui para que o aumento de internação não ocorra na mesma proporção. Por isso, é só uma recomendação”, completa o médico.
São Paulo é o estado que mais vacina no Brasil contra a doença e tem cerca de 87,8% da população imunizada com duas doses. Os municípios de São Paulo já aplicaram mais de 111 milhões de doses de vacina.
Fonte: Folhapress