Todo mundo que estuda ecologia sabe que um dos maiores impactos contra o Meio Ambiente pode ser a introdução de uma nova espécie em um ambiente onde esta não ocorre naturalmente. O homem, entre os tantos prejuízos que causa a natureza, presta este contrasserviço também.
Em todo o mundo há registros de espécies introduzidas que causaram prejuízos consideráveis. Historicamente é bom não esquecer do caramujo africano Achatina fulica (uma imagem dele aparece na galeria de imagens deste post), introduzido para ser criado e comercializado como scargot que virou uma praga em várias regiões brasileiras, por exemplo. O exemplo da vez é o Lagostim marmoreado (Procambarus virginalis).
Este crustáceo é de água doce e já ocupa várias áreas da Europa e África. É uma espécie que se reproduz assexuadamente (não precisa de parceiro sexual para reproduzir). Todos os indivíduos são fêmeas e seus óvulos dão origem a indivíduos clonais. Trata-se de uma espécie que vive muito bem nos ambientes de água doce, se alimentando de folhas em putrefação, filhotes de peixes, insetos e pequenos moluscos.
O pesquisador Frank Lyko do Centro de Pesquisa do Câncer em Heidelberg, Alemanha, está estudando o genoma deste animal, para verificar quais são os genes responsáveis pelo sucesso reprodutivo na condição de assexuado. A descoberta de genes que respondam especificamente por estas características pode ajudar a explicar o processo de proliferação de células cancerosas.
Cidade Verde