O sistema PIX vem sendo “colocado à prova” em meio a uma greve geral de servidores bancários que estão ameaçando bloquear o funcionamento do sistema de transferências do Banco Central.

O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) reforçou o início da greve da categoria para a sexta-feira, 1º de abril. Enquanto a ameaça é de uma greve parcial, o movimento pode ser mais severo, conforme o alerta dos membros do Sinal.

Um dos agravantes ressaltados pelo grupo é que se o governo não aumentar o salário dos servidores do BC, o Pix pode ser paralisado. Os servidores do órgão querem aumento de 26,6%. A remuneração anual de um analista do BC é de R$ 341,1 mil, cerca de R$ 26,2 mil mensais.

Greve de servidores do BC

De acordo com o Sinal, se a greve for mais grave do que o anunciado até o momento, ela poderia até mesmo interromper, total ou parcialmente, a distribuição de cédulas e moedas, das operações de mercado aberto, a divulgação do Boletim Focus, o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), e também o sistema de transferências financeiras instantâneas Pix.

“HÁ UM ALTO RISCO DE SER PUBLICADA, ATÉ 2/4/2022, A MEDIDA PROVISÓRIA COM O REAJUSTE DOS POLICIAIS FEDERAIS. SE OS TÉCNICOS E ANALISTAS DO BC NÃO ESTIVEREM NESSA MEDIDA PROVISÓRIA, A GREVE SERÁ AINDA MAIS FORTE E PODERÁ INTERROMPER, TOTAL OU PARCIALMENTE, O PIX, A DISTRIBUIÇÃO DE MOEDAS E CÉDULAS, A DIVULGAÇÃO DO BOLETIM FOCUS E DE DIVERSAS TAXAS, O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB), A MESA DE OPERAÇÕES DO DEMAB E OUTRAS ATIVIDADES”, DISSE O PRESIDENTE DO SINAL, FÁBIO FAIAD, EM NOTA.

O fato é que o Pix é apenas um sistema do Banco Central, que como está no próprio nome, é totalmente centralizado. Isso quer dizer que o sistema pode parar, como estamos vendo ser ameaçado a acontecer no final desta semana.

Já o Bitcoin, por ser descentralizado, não pode sofrer do mesmo problema, a não ser que alguém conseguisse controlar a rede.

r7