Os economistas do mercado financeiro elevaram pela quinta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,44% para 5,50%. Também passaram a prever uma alta maior no juro básico da economia neste ano.
As informações constam do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
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Se confirmada a previsão, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou em carta aberta que a alta nos preços de commodities (produtos básicos, como alimentos e petróleo), da energia e falta de insumos levaram país a superar a meta.
O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Para 2023, o mercado financeiro manteve em 3,50% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Produto Interno Bruto
O mercado financeiro manteve previsão de crescimento do PIB deste ano estável em 0,30%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para 2023, o mercado reduziu a expectativa de alta do PIB de 1,53% para 1,50%.
Taxa de juros
O mercado financeiro elevou a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 11,75% para 12,25% ao ano para o fim de 2022.
Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, pela primeira vez no patamar de dois dígitos após quatro anos e meio.