Os economistas do mercado financeiro elevaram pela quinta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,44% para 5,50%. Também passaram a prever uma alta maior no juro básico da economia neste ano.

As informações constam do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Inflação
Expectativa do mercado para o IPCA de 2022
Em %31/12/20217/01/202214/01/202221/01/202228/02/202204/02/202211/02/202255,15,25,35,45,55,6

14/01/2022
● : 5,09
Fonte: Banco Central

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou em carta aberta que a alta nos preços de commodities (produtos básicos, como alimentos e petróleo), da energia e falta de insumos levaram país a superar a meta.

O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Para 2023, o mercado financeiro manteve em 3,50% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro manteve previsão de crescimento do PIB deste ano estável em 0,30%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2023, o mercado reduziu a expectativa de alta do PIB de 1,53% para 1,50%.

Taxa de juros

O mercado financeiro elevou a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 11,75% para 12,25% ao ano para o fim de 2022.

Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, pela primeira vez no patamar de dois dígitos após quatro anos e meio.

Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic permaneceu estável em 8% ao ano. Deste modo, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.