O Ministério da Saúde encomendou mais 2 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid-19. Com esse novo quantitativo, a pasta irá adquirir 22 milhões de doses do imunizante para crianças de 5 a 11 anos para o primeiro trimestre.
As doses pediátricas serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado a 150 milhões de unidades. O contrato prevê doses de adultos e de crianças.
Segundo pessoas que acompanham as negociações, nesta sexta-feira (11) a pasta também deve assinar o contrato com o Instituto Butantan para a aquisição de 10 milhões de doses da Coronavac.
O ministério incluiu no dia 21 de janeiro a Coronavac na campanha de vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Não há diferença entre a vacina da Coronavac que será aplicada nas crianças e aquela já usada nos adultos.
No caso do imunizante da Pfizer, a dose pediátrica tem tampa laranja, enquanto aquelas destinadas aos maiores de 12 anos são roxas. Além disso, o imunizante dos mais jovens tem dosagem menor.
A vacinação das crianças no Brasil começou no dia 14 de janeiro. O menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro imunizado com doses pediátricas da Pfizer.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou, em 2021, que havia 20,4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos no país.
A vacinação de crianças e adolescentes é tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), pois o mandatário distorce dados e desestimula a imunização dos mais jovens. Ele chegou a ameaçar expor nomes de servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer em crianças.
Em nota divulgada no dia 8 de janeiro, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu insinuações de supostos interesses escusos da Anvisa na vacinação de crianças e cobrou retratação do presidente.
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Fonte: Folhapress