Os delegados da Polícia Civil do Piauí ameaçam paralisar as atividades se o Governo Estadual não reajustar o salário da categoria. Uma reunião entre o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepol) do Piauí e a equipe econômica do Executivo estadual deve decidir os rumos da paralisação.

A categoria afirma que o Governo do Piauí não cumpriu com o que determina a lei estadual e não pagou a diferença de classes de 10% em razão de promoções. Além disso, a categoria estaria há quatro anos sem reajuste salarial com base na inflação, segundo informou o delegado presidente do Sindepol, Higgo Martins Moura.

“Estamos há 4 anos tentando esse diálogo. Só foi possível agora devido ao indicativo de paralisação da categoria. Buscamos esse diálogo para melhorias nas instituições, para a sociedade e também melhorias salariais, em especial para os delegados que estão durante todo esse tempo na linha de frente”, destacou o delegado Higgo Martins Moura.

Os delegados terão uma reunião com representantes do Executivo no dia 18 de fevereiro. Entre as reivindicações que devem ser apresentadas durante a reunião, além da cobrança de reajuste salarial, estão as condições precárias das delegacias no Piauí e a ausência de um projeto de lei de Plano de Cargos e Carreira para delegados no estado.

Foto cedidas ao Cidadeverde.com 

“Falta equipamento por parte do estado para termos um atendimento mais célere. Temos dificuldades inclusive em combustíveis de viaturas para realizarem diligências”, acrescentou o delegado.

Se o Governo não atender as demandas da categoria, os delegados de Polícia Civil do Piauí podem paralisar as atividades no dia 21 de fevereiro. Uma nova assembleia deve ser convocada para decidir os moldes dessa paralisação.

“Estamos querendo que o Estatuto da Polícia Civil do Piauí seja cumprido em relação a promoções, adicional de insalubridade. Tivemos que entrar na justiça para obtermos uma decisão favorável que reconheceu nossos direitos e correções da promoções”, lamentou o delegado Higgo Martins Moura.

Cidadeverde.com procurou representantes do Governo do Piauí, através da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), Secretaria de Fazenda do Piauí (Sefaz) e Coordenadoria de Comunicação do Piauí (CCOM), porém, até o fechamento desta matéria, não obteve um retorno. A Delegacia Geral do PIauí também não se pronunciou até o momento.

Nataniel Lima
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