O governador Wellington Dias (PT) afirmou na manhã desta segunda-feira (7) que o governo de Jair Bolsonaro (PL) é “travado para o diálogo” e cobrou que o presidente da República sente à mesa com os governadores para tratar sobre temas como a pandemia e enchentes, principais crises que o pais enfrente neste momento.
“Em uma examinada olhando para trás, quando foi que a gente pode sentar nesses últimos dois anos, especialmente, para tratar sobre a Covid? Quando fomos chamados para tratar sobre as enchentes? É um governo travado para o diálogo. Ele se tranca em si mesmo”, pontuou.
Wellington Dias avaliou que o distanciamento do presidente em relação aos governadores prejudica a população. Para o petista, o que tem evitado que o Brasil chegue enfrente crises ainda mais graves é inciativa de integração entre uma frente formada próprios gestores estaduais, deputados e senadores.
“Por isso que criamos e fortalecemos o Fórum dos Governadores, o Consórcio Nordeste, a integração com a Câmara e Senado. É essa situação que está colocando para o Brasil não ficar em uma situação ainda pior”, declarou Wellington Dias.
Por fim, o governador pediu civilidade e que os representantes dos entes evitem “baixarias”.
“Eu espero uma consciência da importância de fazer as coisas com civilidade, com respeito, sem baixarias, sem agressão, fake, sem denuncismo, sem espetáculo utilizando o poder público”, acrescentou.
As declarações de Wellington Dias foram dadas durante uma solenidade na sede da Polícia Militar, onde foram entregues nova viaturas, coletes e munições.
Reagiu à Ciro Nogueira
Wellington Dias reagiu às declarações do ministro Ciro Nogueira durante o evento de lançamento da pré-candidatura de Silvio Mendes (PSDB). Ciro fez duras críticas ao governador. Veja aqui
O governador disse que avalia a possibilidade de ingressar com ação na justiça contra o ministro e fez um apelo para que os adversários não baixem o nível do debate nas eleições.
“Da minha parte onde tiver qualquer coisa que caracterize crime, eu vou agir. O que eu apelo é que não vamos fazer uma eleição aceitando esse tipo de baixaria, acredito que não seja isso que a população quer. Nessa arena eu não entro. Por que não entro em um ringue de boxe? Eu sei não lutar boxe. Então, não entro no ringue da baixaria porque não foi isso que meu pai e minha mãe me ensinaram”, frisou.
Para Wellington Dias, a convivência de Ciro Nogueira com Jair Bolsonaro, que é reconhecido por ter posições extremas, teria mudado a forma de discurso do ministro, após a ida para a Casa Civil. O senador licenciado tem aumentado do tom de críticas contra os membros da base governista.
Wellington Dias pontou que o foco da disputa eleitoral deve ser as propostas dos pré-candidatos e não baixarias.
“Já estou completando meu quarto mandato e não vejo motivo para mudar meu jeito de ser. Eu lamento que, talvez essa companhia dele [Ciro Nogueira] com o presidente Bolsonaro tenha o mudado de estilo, porque não vou entrar nesse mundo da baixaria, vou continuar fazendo política não como uma disputa pela disputa, isso aqui não é um jogo de futebol, não é uma guerra, estamos tratando de colocar o nome de homens e mulheres à disposição da população”, disse.
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