O Piauí registrou crescimento de casos de Aids entre a população heterossexual de faixa etária entre 20 e 34 anos nos últimos cinco anos, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), divulgados nesta quarta-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra Aids, pela Secretaria de Estado da Saúde.
De 2017 até o dia 26 de novembro de 2021, o estado notificou mais de 3800 pessoas com o vírus da Aids. A faixa etária de 35 aos 49 anos vem em segundo lugar no ranking, assim como os públicos homossexual e o bissexual estão atrás da população heterossexual entre os mais infectados no estado.
Em 2017 foram notificados 801 casos, em 2018 mais 865, o ano de 2019 registrou os maiores números de casos notificados, totalizando 923. Em 2020 foram 713 e até o momento, 2021 já registrou 596 casos.
Cidades com mais casos
No estado, as cidades com maiores números da população com Aids são:
Teresina com 2834 casos,
Floriano com 162,
Picos, 103 casos,
Piripiri com 89 casos,
Campo Maior com 69.
A coordenadora de Doenças Transmissíveis do Estado, Karinna Amorim, reforçou o papel da Sesapi na orientação dos municípios para o desenvolvimento de ações estratégicas com foco no diagnóstico precoce e no tratamento oportuno.
“Nós facilitamos o acesso à testagem e ao tratamento para combater a cadeia de transmissão do HIV”, explicou ela.
Testagem e tratamento
No Piauí é possível realizar o teste gratuito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios e também nos Centros de Aconselhamento (CTA) presentes nos municípios de Teresina, Oeiras, Parnaíba, Picos, Piripiri e Floriano.
“O CTA tem como público prioritário as pessoas que estão mais expostas a doenças como HIV/AIDS, sífilis e hepatite. Com o tratamento adequado reduz os níveis de carga viral e diminuem as chances de transmissão do vírus para outras pessoas”, explicou Cristiana Rocha, coordenadora do CTA Estadual.
Assim que diagnosticado, o paciente deve iniciar o tratamento. Atualmente, em Teresina o tratamento é realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela. No interior, os pacientes são acompanhados pelos CTAs.
G1 PI