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“Não há muito o que comemorar”, diz Mano Chagas sobre o Dia da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.

O Dia da Consciência Negra marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país. Fala também sobre avanços na luta do povo negro e sobre a celebração da cultura afro-brasileira.

Sobre o assunto, a nossa reportagem conversou com o ativista Mano Chagas, que aborda os parâmetros da luta social e racial. Segundo ele, não há muito o que se comemorar nesta data porque mesmo após mais de 300 anos de libertação dos escravos, o racismo ainda é persistente na sociedade.

“As pessoas, culturalmente, praticam racismo todos os dias em suas palavras, seus gestos, suas ações, e ninguém assume, então como combater o racismo, se a gente não consegue fazer com que as pessoas entendam o que é o racismo? O racismo está estruturado em todas as esferas governamentais, desde o poder municipal, ao poder federal, ou seja, as políticas de combate ao racismo, elas não têm uma ação efetiva e contínua no dia a dia”, destacou.

Mano Chagas fala ainda que toda a política que traz o “boi da cara preta”, ou a classificação da “pomba da paz”, como sendo a branca, reforça o preto como algo ruim.

O ativista fala sobre a luta por uma sociedade justa, humana e igualitária e destaca que o 20 de Novembro é uma data simbólica, pois a resistência é diária.

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