O governador Wellington Dias (PT) afirmou nesta segunda-feira(19), que os governadores não vão se intimidar com a pressão política provocada com a CPI da Covid-19 no Senado. Wellington diz que a CPI não pode ser um meio de perseguição a governadores.

“É uma comissão parlamentar de inquérito. Tem uma força de inquérito judicial, ela tem regras e normas. O Congresso sempre teve muita maturidade. Esperamos que a lei seja cumprida. Não é razoável transformar um instrumento da democracia em espetáculo e instrumento de perseguição. Da parte dos governadores há esforço, de dentro da realidade da calamidade, salvar vidas. Teve alteração de preços de medicamentos e equipamentos. Quando fazemos licitação, seguimos a lei. Queremos um CPI sem disputa da política”, disse.

Segundo Wellington, as investigações mostrarão quem cometeu os crime ou não.

“O fato é que o vazamento de informações como do deputado Cajuru. Tem gente dizendo: vamos abrir CPI para investigar prefeitos e governadores, mas para ter CPI tem que ter um fato concreto. Essa é a realidade. Temos toda obrigação para prestar contas . Apenas a verdade. Se alguém cometeu crime e desviou, vai pagar por isso na forma da lei”, destacou.

Wellington afirma que trabalha sem medo. “Vamos trabalhar sem medo e com a cabeça erguida. Vejo um esforço na integração municípios e estados. Há um espírito de colaboração e quero contribuir para esse ambiente de confiança e integração”, destacou.

Decreto

O governador também avaliou o resultado das medidas restritivas. Ele comemorou a redução na fila de espera de vaga nas UTI.

“Fizemos uma avaliação com base naquilo que aconteceu até a última semana. Temos de notícia boa: o fato de ter tido resultado com as medidas restritivas que foram tomadas especial até o domingo de Páscoa, prosseguindo até a última sexta-feira. A redução da transmissibilidade resultou na diminuição do número de pessoas que estavam na fila para UTI e leitos clínicos. Chegamos próximo de 200 pessoas na fila para UTI. Agora estamos em 40. Ainda é um número grande. Significa que alguém que adoece e precisa de uma UTI, tem 40 na frente. Ainda é uma situação de risco. Em relação a leitos clínicos, temos em torno de 20 na fila. Já chegamos a 170 aproximadamente. Estamos em um esforço com o setor privado para conseguir Teresina e ampliar Parnaiba. Agora temos fazer ampliação em Teresina porque há uma concentração dessa fila maior em Teresina. É um esforço a partir de uma chamada que fizemos de profissionais. Tivemos com o setor privado a possibilidade de uma parceria. Isso ajuda a reduzir a fila. Quando olhamos a fila, estamos tendo óbitos em razão de pessoas por conta da covid propriamente dito e outras por conta da fila. Morrem aguardando o atendimento extra, de um AVC e há necessidade de vencer isso”, disse.

Wellington também destaca o avanço na vacinação.

“Outro ponto é que reforçamos equipes para 76 municípios que respondem por 80% da chamada incidência. É onde há uma presença maior do coronavírus e onde tem mais óbitos e adoecimento. A partir daí fazer um trabalho intenso de casa em cada buscar fazer isolamento, quarentena, triagem. Quem precisa de tratamento e com isso reduzir adoecimento e óbitos. Esse é o objetivo. O lado bom é o avanço em relação a vacina. Temos um trabalho intenso com os municípios que deu celeridade na área da vacinação”, afirma.

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